Med é pop

blog voltado para quem gosta de medicina e cultura...com temas do momento

medepopers

med é pop e esta também no:

19 de abr. de 2011

Saiba como conseguir remédios de alto custo pelo SUS

Saiba como conseguir remédios de alto custo pelo SUS

Advogados mostram o que é necessário fazer até em casos de negativas

Do R7, com Jornal da Record

Getty ImagesGetty Images
Publicidade

Quem não tem como pagar por remédios ou tratamentos tem o direito, por lei, de recorrer à rede pública de saúde para obtê-los. O SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza uma lista de 560 medicamentos que são distribuídos gratuitamente em todo o país em unidades de saúde, de acordo com o Ministério da Saúde.

Tais remédios são classificados como “básico” (hipertensão e diabetes, são alguns), “estratégico” (Aids, tuberculose e hanseníase, por exemplo) e “especializado” (ou de alto custo), conforme o tipo de doença.

No caso dos últimos, os remédios nem sempre condizem com os de maior preço, mais são assim chamados pelo nível de complexidade do tratamento, segundo o Ministério da Saúde.

Para não haver mais dúvidas, o R7 consultou o Ministério da Saúde e os advogados especialistas em Direito da Saúde Tiago Matos Farina, diretor jurídico do Instituto Oncoguia e Vinícius de Abreu, representante jurídico da ONG Saúde Legal, que mostram todos os passos necessários para conseguir os medicamentos.

Aprenda a forma certa de pedir os medicamentos

Para solicitar os medicamentos, o paciente deve, primeiramente, estar cadastrado no SUS. Feito isso, ele deve levar alguns documentos à unidade de saúde onde vai fazer o pedido. Vale saber, no entanto, que não é em qualquer unidade que se poderá fazer isso, pois somente em algumas ocorrem a entrega específica de medicamentos de alto custo. Fato que, segundo Abreu, da Saúde Legal, tira a agilidade do processo.

- O certo seria ministrar esses remédios em qualquer posto. Mas existe todo um protocolo que dificulta e as pessoas precisam utilizar outras armas, por vezes jurídicas, para conseguir os medicamentos.

Para entender como isso funciona, leia os dez passos indicados pelos especialistas.

Veja também a matéria do Jornal da Record sobre assunto.

Assista:

Advogados mostram como recorrer à Justiça para conseguir remédios de alto custo

Advogados mostram como recorrer à Justiça
para conseguir remédios de alto custo

Saber onde e para quem recorrer pode garantir o medicamento mais rapidamente

Do R7
Apesar de ser um direito autorizado por lei, conseguir medicamentos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) nem sempre é fácil. Quem não tem condições de arcar com remédios e tratamentos pode recorrer à rede pública, mas sabe que poderá enfrentar burocracia, filas e demora.

Publicidade

Até porque o governo tem autonomia para negar pedidos que achar inválidos, já que também depende de repasses federais e estaduais. Diante disso, a população pode recorrer de diferentes maneiras até provar que realmente precisa do remédio. A quem e como recorrer? O R7 responde.

Para esclarecer essas questões, consultamos os advogados especialistas em Direito da Saúde, Tiago Matos Farina, diretor jurídico do Instituto Oncoguia e Vinícius de Abreu, representante jurídico da Ong Saúde Legal, que apontam dez passos necessários para conseguir os medicamentos.

Primeiro passo
Apresente o Cartão Nacional de Saúde
Para conseguir um, basta você se dirigir a qualquer posto básico de saúde e apresentar o documento de identidade e comprovante de residência. A carteirinha será feita na hora. Leve também uma cópia simples do documento.

Segundo passo
Apresente uma cópia do documento de identidade
Para todos os efeitos, leve também o exemplar original junto a uma cópia simples.

Terceiro passo
Apresente o laudo médico preenchido
O laudo médico para solicitação, avaliação e autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica geralmente é fornecido e preenchido pelo próprio médico. Caso ele não forneça, peça o formulário em uma unidade de saúde e volte ao consultório para ele preencher.

O laudo detalha aspectos da doença do paciente e do tratamento, de modo a deixar clara a necessidade do uso do medicamento. Nesse relatório, o médico deve mencionar o código da doença na Classificação Internacional de Doenças e indicar seu número de cadastro no Conselho Regional de Medicina, assinar e carimbar o seu nome completo. Leve uma cópia simples junto a original.

Quarto passo
Apresente a receita médica
O laudo médico não exclui a necessidade da apresentação da receita médica, que deve ser anexada junto com os demais documentos. Nela, o médico deve mencionar o nome do remédio com seu princípio ativo e o nome genérico, a quantidade necessária a ser usada por dia, semana ou mês e a indicação de comprimidos, frascos ou refis. A receita é válida somente por 30 dias. Leve uma cópia simples também.

Quinto passo
Apresente uma cópia do comprovante de residência
É mais seguro levar a unidade de saúde o exemplar original junto a uma cópia simples.

Sexto passo
Vá a uma das unidades responsáveis pelos remédios de alto-custo
Informe-se na unidade de saúde onde você passou por consulta ou onde pegou o laudo médico sobre esse espaço. Somente neles você poderá fazer o pedido administrativo do remédio. Essas unidades funcionam geralmente de segunda a sexta-feira das 7h às 17h30 e aos sábados das 7h às 10h. Lá, apresente a lista de documentos listados abaixo.

Sétimo passo
Peça cópia do protocolo do pedido
Ao fazer o pedido, peça uma cópia do protocolo. Isso fará toda a diferença se você não receber o medicamento. Para poder ingressar com uma ação judicial, você vai precisar do documento que comprova que houve solicitação. Feito isso, o funcionário que pegou os documentos vai iniciar um procedimento administrativo para obtenção do medicamento. Por meio de um telegrama, você saberá quando e onde – geralmente uma unidade de saúde mais próxima de sua casa – o remédio vai estar disponível. No entanto, não há prazos regulares, podendo ser entregue na hora, em dias ou em até três meses (em casos extremos).

Oitavo passo
Fazer um requerimento administrativo
Nem sempre os pedidos são aceitos, mesmo casos considerados urgentes. Quando isso acontece, o paciente pode entrar com um requerimento administrativo na Secretaria de Saúde de seu estado ou com uma ação na Justiça. O procedimento é simples: o paciente escreve uma carta informando ter determinada doença para qual o médico lhe receitou o medicamento. O pedido médico deve estar anexado ao documento.

É possível partir para uma ação judicial tão logo ocorra à negativa, mas, segundo os advogados, vale fazer o requerimento primeiro porque, além de não haver necessidade de um advogado para isso – qualquer pessoa pode fazer – o juiz pode não dar ganho de causa justamente por achar que o paciente “queimou etapas”, explica Farina.

- Muitas vezes o juiz não dá ganho de causa ao paciente alegando que não entrou anteriormente com o pedido administrativo.
Se o paciente não receber o medicamento em até 15 dias, pode entrar com medida judicial.

Nono passo
Procure um Juizado Especial da Fazenda Pública
Qualquer pessoa pode ingressar com ações nos Juizados de forma gratuita e sem a necessidade de contratar advogado. Mas isso só é possível desde que o custo do medicamento seja de no máximo 60 salários mínimos, num período de 12 meses. Em alguns estados brasileiros, os Juizados Especiais ainda não estão em pleno funcionamento. Por isso, vale checar se já há um juizado no seu Estado de origem.

Os Juizados Especiais da Fazenda Pública foram criados para julgar causas contra Estados, Distrito Federal e Municípios, ou seja, é por essa via que uma pessoa comum pode processar o governo. Portanto, cabe a esses juizados apreciarem ações de fornecimento de medicamentos, disponibilidade de vagas em leitos de hospitais e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), além de realização de exames e cirurgias.

Décimo passo
Procure a Defensoria Pública
Os defensores públicos são advogados que prestam serviços gratuitos de orientação jurídica e de defesa para quem não pode pagar um advogado. Via de regra, o defensor público atende pessoas que têm renda familiar de até três salários mínimos. É indicado para casos de urgência. Ao entrar em contato com um, mostre os mesmos documentos que foram entregues na unidade de saúde junto à cópia do protocolo. Ela é a prova de que houve a solicitação para contestar a negativa.


Gastrite infantil é cada vez mais comum no país

Gastrite infantil é cada vez mais comum no país

Dores na barriga, falta de apetite e enjôos após as refeições podem ser sintomas da doença

Do R7


Esse, no entanto, não é o único sintoma da doença. A gastrite infantil também pode causar falta de apetite, além de vômitos e enjôos após as refeições. Para prevenir, os pais devem ficar atentos à alimentação da criança e também com o uso incorreto de antiinflamatórios e antibióticos.

Doces, balas, chocolates e outros produtos industrializados podem ser uma das causas da gastrite infantil. Os médicos alertam que a doença é cada vez mais comum no Brasil e a estimativa é de que cerca de 10% das crianças que se queixam de dores na barriga tenham a doença.

Aos seis anos, Pedro foi parar no hospital com dores na barriga, na cabeça e no braço e dificuldade para comer. A mãe, Gildete Figueiredo, ficou surpresa quando os médicos deram o diagnóstico de gastrite.

- Você acha que é uma virose, você acha que é uma gripe, você acha que é outra coisa...

Hoje, aos sete, Pedro tem uma alimentação mais controlada e está bem melhor. Ao invés dos doces e refrigerantes, ele faz refeições saudáveis, com leite desnatado, carnes grelhadas e frango.

A especialista Izaura Assunção explica que a criança precisa fazer refeições bem balanceadas para evitar o desenvolvimento da gastrite.

- É [preciso] comer de tudo. Fazer um café da manhã com o leite, com frutas, com cereais ou com pão. Almoço e jantar com verduras, legumes a carne. Não esquecer o arroz e o feijão. Evitar refrigerantes e dar preferência para sucos naturais.


fonte:http://noticias.r7.com/saude/noticias/gastrite-infantil-e-cada-vez-mais-comum-no-pais-20110411.html

Beco sem saída: Justiça bloqueia bens do prefeito de Januária/MG

Beco sem saída: Justiça bloqueia bens do prefeito de Januária/MG: "
Fábio Oliva

Colaboração para O Norte

Justiça de Januária, no Norte de Minas, bloqueou contas bancárias e outros bens do prefeito e advogado Maurílio Neris de Andrade Arruda (PTC) e mais seis pessoas. A decisão foi tomada pelo juiz Ronaldo Souza Borges no dia 25 de fevereiro, mas só agora divulgada. O juiz deixou para apreciar o pedido de afastamento de Arruda do cargo de prefeito posteriormente. Arruda é acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de envolvimento em fraude a uma licitação no valor de R$ 147,1 mil, realizada para implantação de novas placas de trânsito na cidade. A ação civil pública nº. 0005068-22.2011.8.13.0352 foi ajuizada em 26 de janeiro deste ano e resulta de um inquérito civil público instaurado pelo Promotor de Justiça Felipe Gomes Araújo.

Junto com Arruda, também tiveram bens bloqueados os demais envolvidos na fraude. Quatro são membros da comissão de licitação: Sônia Maria Pereira Soares, Alessandra Silva de Oliveira, Heloísio Martins Gonçalves e o advogado que assessora a comissão, José Eustáquio da Silva. Além desses, também são acusadas de envolvimento na fraude as empresas SITRA Engenharia de Transporte e Trânsito Ltda, da empresária Ivana Colen Brandão, de Montes Claros, e a Persinal Ltda, de Belo Horizonte.



BLOQUEIO

Além de determinar o bloqueio de bens dos envolvidos no valor de R$ 109,5 mil, o juiz Ronaldo Souza Borges suspendeu o contrato e os aditivos celebrados entre a prefeitura de Januária e a empresa SITRA. Sustenta o Ministério Público que o procedimento licitatório "teria sido direcionado para que a empresa SITRA fosse a vencedora, sendo as suas sócias pessoas próximas ao Prefeito Municipal Maurílio Neris de Andrade Arruda, prestando-lhe inclusive auxílio antes da posse".

De acordo com o Ministério Público tudo teria sido feito para favorecer a empresa das amigas de Arruda.

- Há indícios de que o projeto básico da licitação não teria atendido a Lei de Licitações, restringindo-se a uma planilha para colheita de orçamento - menciona o juiz. Além disso, segundo o MPMG, "há indicação de que a utilização da modalidade licitatória de carta convite tenha sido proposital", e que o montante orçado para a licitação (R$ 149.966,78) teria sido estabelecido a fim de evitar modalidade de licitação mais complexa, exigível a partir de R$ 150 mil.

Conforme o MPMG, "o edital de licitação não exigiu habilitação técnica e financeiras das empresas licitantes". Isso teria sido proposital, para favorecer a empresa das amigas de Arruda, que até a data da licitação não possuía registro junto ao CREA/MG - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.



INVESTIGAÇÕES

O Ministério Público não tem dúvidas de que, durante a licitação, "houve fraude, inclusive com falsificação de ata de reunião, bem como de recibo de entrega da carta-convite". Apenas para ilustrar, o MPMG disse que o CPF aposto no recibo da carta-convite entregue à empresa SITRA é, na verdade, do advogado José Eustáquio da Silva, que posteriormente passou a prestar assessoria jurídica à prefeitura de Januária.

Durante as investigações, o Ministério Público descobriu também que o serviço de instalação de novas placas de transito na cidade não teria sido prestado pela empresa vencedora da licitação, a SITRA, mas pela empresa que perdeu, a Persinal Ltda. Há indícios ainda de que a Persinal tinha conhecimento de que, perdendo ou ganhando a licitação, seria ela quem instalaria as placas. Uma semana antes da licitação funcionários da Persinal já estavam hospedados no Hotel Rondônia, em Januária, com as placas de trânsito que seriam instaladas após o certame licitatório. Além disso, parte da quantia recebida pelo contrato a SITRA repassou a sócio da Persinal.
"

Aroldo Tourinho ganha abraço contra crise financeira: Hospital quer ajuda do poder público para quitar dívida de R$ 14 milhões

Aroldo Tourinho ganha abraço contra crise financeira: Hospital quer ajuda do poder público para quitar dívida de R$ 14 milhões: "
Samuel Nunes

Repórter

Cerca de 500 pessoas participaram, na manhã do último domingo, de um ato público denominado Aroldo Tourinho, abrace esta causa. A manifestação aconteceu nos arredores da instituição hospitalar, que recebeu um abraço coletivo dos presentes, com o objetivo de chamar a atenção do poder público municipal mais os governos estadual e federal quanto à grave crise financeira por que passa o hospital, que tem uma dívida de 14 milhões de reais.

Samuel Nunes



Lideranças comunitárias, funcionários e acadêmicos de saúde manifestaram apoio ao hospital

O provedor José Marques Nunes revela que, do total da dívida, entre 4 e 5 milhões de reais teriam que ser pagos urgentemente. Alerta que, se porventura isto não acontecer, não haverá fornecedores ao hospital.

- Uma comissão composta por quatro membros deverá ir a Brasília nos próximos dias apresentar a situação financeira do Aroldo Tourinho ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Acredito que este abraço representa o início de uma esperança e um apelo às autoridades para que estas possam acordar diante da situação grave que estamos passando.

O provedor do hospital aproveitou, ainda, a oportunidade e direcionou um apelo à administração municipal para que esta se sensibilize e pague à instituição pelos menos R$ 600 mil do R$ 1,6 milhão que a prefeitura deve. Não deixou de cobrar também do governo do estado para que este pague um ano dos atendimentos de traumas realizados. Apelo feito também ao governo federal que possa também fazer repasse de 5 a 6 milhões de reais por ano e que melhore também a tabela do SUS - Sistema Único de Saúde uma vez que, devido ao valor diminuto em todos os serviços realizados pelo hospital através do SUS, há prejuízos.



MOBILIZAÇÃO

Alexandre Pires Ramos, superintendente do hospital, afirma que esta mobilização foi um atestado, por parte da comunidade, da relevância do Aroldo Tourinho, no que concerne à saúde pública no município. Lembra que desde a mudança do hospital da área privada para pública, em 1987, já foram realizados em torno de 10 milhões de procedimentos.

- Saúde é um direito do cidadão garantido na constituição federal sendo, portanto, dever do Estado, que deve propiciar meios para mais financiamentos, garantindo a manutenção dos atendimentos - afirma.

Adriana Inácio Paculdino Ferreira, que trabalha na administração geral do Aroldo Tourinho ressalta o hospital enfrenta vários problemas, e mesmo sendo referência e recebendo o selo Unicef como o Hospital Amigo da Criança, convive, há alguns meses, com o fechamento da maternidade e da pediatria. Destaca que a instituição tem trabalhado, por exemplo, com escalas incompletas sobrecarregando o atendimento em outras instituições hospitalares como o Universitário e a Santa Casa.

- O momento é de crise no Aroldo Tourinho. Não se pode imaginar Montes Claros sem este importante hospital. A expectativa é de que esta manifestação possa sensibilizar as três esferas de governo diante uma batalha que estamos tendo para manter o atendimento à população e proporcionar tranquilidade aos 600 funcionários que aqui trabalham, sem contar aqueles que prestam serviço de maneira indireta - relata.

Adriana reitera a importância de o município quitar o repasse ao hospital que, segundo ela, está em fase de negociação. Entretanto, lembra que o valor de um milhão e seiscentos mil reais ainda está em aberto.

O ato pacífico contou com as presenças de várias comunidades como Santos Reis, Eldorado e Edgar Pereira e, ainda, faculdades com seus acadêmicos na área de saúde, como a Funorte.
"

Inscrições abertas para o vestibular de Medicina: Das 40 vagas, a Funorte oferece duas bolsas de 50% e uma de 90% através do Ação Soebras

Inscrições abertas para o vestibular de Medicina: Das 40 vagas, a Funorte oferece duas bolsas de 50% e uma de 90% através do Ação Soebras: "
Andréia Pereira

Repórter

Estão abertas a partir de hoje, dia 19, as inscrições para o vestibular de Medicina da Funorte, que oferece 40 vagas para o segundo semestre de 2011. Segundo a comissão organizadora do processo seletivo, dessas 40 vagas serão oferecidas duas bolsas de 50% e uma bolsa de 90% para os três primeiros classificados que atenderem as exigências do processo seletivo com Ação Soebras. As inscrições, que vão até o dia 04 de junho, estão sendo feitas na COPS, que fica na rua Dom João Pimenta, 921, Centro, e através do site www.funorte.com.br.

A COPS informa que o edital e o manual do acadêmico já estão disponíveis no site da Funorte e que as provas serão aplicadas no dia 11 de junho somente na Funorte Campus JK, das 14h às 19h30. O conteúdo das provas abrange questões fechadas de todas as matérias, prova aberta de química e biologia e redação. Mais informações pelo telefone (38) 3690 3038.



LIVROS INDICADOS

A Funorte adotou os livros Dois irmãos e Mar Morto, respectivamente dos autores Milton Hatoum e Jorge Amado. A primeira obra é um romance publicado no ano 2000, em que ele narra a trama de dois irmãos gêmeos de origem libanesa que vivem uma conflituosa relação de amor e ódio em Manaus. Já o segundo título, Mar Morto, é um retrato da cultura baiana, em que Jorge Amado narra histórias de conflitos e amores dos marinheiros.


"

Sexualidade da pessoa com deficiência

Sexualidade da pessoa com deficiência: "
sex_deficiencia
Na Unidade Curricular de Opção que está organizada por diferentes Módulos Temáticos optei pelo Módulo de Sexualidade da Pessoa com Deficiência, por ser um tema interessante e que para além de muito se explanar sobre ele, ainda é visto como um tabu.
Apesar de alguns avanços nesta temática, a sexualidade ainda é pouco discutida, quer nas escolas, hospitais, famílias e até na imprensa. E isto não é por simples preconceito, é mais o “mundo” não ter ainda capacidade de entender que muitos dos deficientes também se apaixonam, têm desejos e podem ter vida sexual.
A sexualidade continua, assim, a ser um tema bastante complexo. E quando se fala em sexualidade de pessoas com deficiência, o tema ainda se torna mais delicado, pois até à pouco tempo enfatizava-se a atenção na patologia e na deficiência com que a pessoa iria ficar e não se via a pessoa como um todo, que apesar de ser deficiente continua a ser pessoa com necessidades para as quais procura respostas adequadas.
Esta nova maneira de ver a pessoa com deficiência exige um redireccionamento dos serviços educacionais e terapêuticos. Devemos escutar estes doentes sobre o que eles sabem sobre a sexualidade e como é que eles lidam com a corporalidade, reprodução, valores comportamentais afectivos e sexuais, para os podermos ajudar a ultrapassar estas barreiras, encaminhando-os no sentido da sua autonomia com vista a uma reintegração sócio-familiar o melhor possível.
GRECO (2000, p. 647) diz-nos que: “O conceito de sexualidade humana engloba a forma como se pensa, sente e actua como um ser sexuado, necessidades e impulsos, expressões de virilidade ou de feminilidade, papéis associados aos géneros, interacções com os outros, identidade e desenvolvimento e funcionamento corporais.”
Esta autora diz-nos também que: “A palavra sexualidade diz respeito a todos os aspectos do ser sexual, incluindo as dimensões biológica, física, psicossocial e comportamental. Os factores biológicos controlam grandemente o desenvolvimento sexual, desde a concepção até ao nascimento, a capacidade de reprodução após a puberdade e algumas diferenças no comportamento e produzem respostas físicas como as dos órgãos sexuais ou o aumento da frequência cardíaca.
O lado físico da sexualidade afecta o desejo e o funcionamento sexual e pode afectar a satisfação sexual. A dimensão psicossocial, o sentido de identificação com o género, é formada através das informações e atitudes transmitidas pelos pais, colegas, professores e pela sociedade. Uma vez que o comportamento sexual é o produto de forças biológicas e psicossociais, orienta a razão e o modo de agir das pessoas e não o que fazem. Em última instância, a sexualidade de cada um é construída sobre a imagem corporal e autoconceito.” (p. 647)
A sexualidade humana é assim, parte integrante e vital do ser humano, tendo influência a interacção entre a pessoa e as componentes biológicas, culturais, educativas e sociais onde se encontra integrado.
Já THELAN (1993, p. 966) refere que: “A sexualidade é a expressão e a experiência individual e única do self sexual e erótico. È uma experiência global, que envolve corpo e espírito; faz parte do carácter da pessoa, também designado por personalidade. Expressar-se sexualmente, significa definir quem se é, e o que se sente, tanto de uma forma básica, como de uma forma mais profunda. A sexualidade é mais do que o reflexo da técnica e perícia da relação sexual; faz parte das relações interpessoais para e com os outros, ao longo da vida.”
Ao longo da História do homem, a sexualidade tem desempenhado um papel importante. Se recuarmos até à época Judaico-cristã, esta não valoriza o prazer da sexualidade, porque esta só era importante dentro do casamento que deveria ser monogâmico e indissolúvel. Assim, na tradição Judaico-cristã o propósito da actividade sexual era a procriação e havia diferentes papéis sexuais para os homens e para as mulheres.
Com a época Vitoriana começa a falar-se na insatisfação feminina, porque esta época é caracterizada pela moral burguesa com duplo padrão, ou seja, os tinham possibilidade de manter actividades sexuais fora do casamento. Este duplo padrão era tolerado e admitido pelas mulheres mas, nunca mencionado.
No século XX com o avanço no desenvolvimento da ciência, com os movimentos sociais e políticos, bem com os movimentos de emancipação da mulher, existe uma revolução sexual que aponta algumas das metas para o século XXI, tais como a dissociação entre procriação e a sexualidade e o direito à felicidade individual e do casal. (Graça Santos, Apontamentos)
Em 1975 a Organização Mundial de Saúde definiu Saúde Sexual como sendo”Uma integração dos aspectos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais do ser sexual, de uma forma positiva, enriquecedora e que fortalecem a personalidade, a comunicação e o amor.”
Para GRECO (2000, p. 647) “Nesta definição estão incluídos três princípios: (1) a capacidade de uma pessoa para ter prazer com o comportamento sexual e reprodutor, de acordo com a ética pessoal e social; (2) libertação do medo, culpa, vergonha e informações erradas – os quais impedem um relacionamento sexual e inibem a resposta sexual; e (3) ausência de doenças orgânicas e incapacidades que constituam barreiras às funções sexual e reprodutora.”
Para além de Saúde Sexual, nós como profissionais de saúde e futuros enfermeiros especialistas de reabilitação também devemos saber o que é a resposta sexual, para depois desmistificarmos algumas situações e assumirmos tanto o papel de conselheiro, com o de educador.
A resposta sexual consiste num fenómeno nervoso complexo que envolve todas as sub- divisões do sistema nervoso, incluindo aquelas que regulam a actividade endócrina. Para que exista uma função sexual normal é necessário que o sistema esteja totalmente integro e capaz de manter o equilíbrio homeostático. O desejo psicológico também tem de estar presente, para que exista um desempenho sexual satisfatório.” (GRECO, 2000,p. 650)
Perante todos os mitos que existiram sobre a sexualidade (e que ainda hoje existem) tornou-se imperioso que alguém se interessasse por estes temas. Entre muitos, o método mais conhecido sobre bases da resposta sexual humana e sobre a base da terapia sexual é o de Marters & Jonhson. O método estudado por este casal identifica quatro fases no ciclo de resposta sexual.
A fase de excitação pode ser psicológica ou física. Ela começa quando a pessoa percebe no início estar a ser sexualmente estimulada. Quer os homens quer as mulheres apresentam aumento: no tonus muscular, na frequência cardíaca, na pressão arterial e na frequência respiratória. Se a estimulação continuar no homem ocorre a erecção do pénis; na mulher a lubrificação vaginal começa com a continuação da estimulação. Se os estímulos cessarem, a fase seguinte não ocorrerá e o organismo volta ao estado inicial. Se a estimulação sexual entretanto continuar, a segunda fase começa.
A fase de platô (segunda fase) prolonga-se desde o términos da excitação até ao começo do orgasmo. Devido a influências neurovasculares, ocorre a congestão dos órgãos sexuais principais. Se a estimulação foi ineficaz ou cessar, o corpo mostrará uma redução gradual dos fenómenos fisiológicos que fazem parte desta fase. Com a continuação da estimulação eficaz começará a terceira fase.
O orgasmo é a terceira fase. Se não ocorrer desconforto psicológico ou físico, a pessoa progredirá através de um ou mais orgasmos. O orgasmo, normalmente dura 30 a 60 segundos, mas pode ir de alguns segundos até vários minutos. Mais frequentemente o homem ejacula durante o orgasmo e tem consciência de uma contracção rítmica dos seus músculos perineais. As mulheres também experimentam contracções rítmicas dos músculos pubococcígeos, e em ambos os sexos a contracção do esfíncter anal ocorre em sintonia com as contracções do assoalho pélvico. Imediatamente após o orgasmo, começa um período refractário durante o qual mesmo que haja estimulação não haverá excitação sexual adicional. A fase refractária pode demorar de minutos a dias, dependendo de factores tais como a idade e a intensidade da estimulação sexual. As mulheres têm curtos períodos refractários e podem ser multiorgasmicas.
A quarta fase é denominada fase de resolução. Nesta, o organismo retorna ao estado de pré-estimulação e relaxa.
A incapacidade de atingir o orgasmo é muitas vezes comparada à disfunção sexual. Contudo, como pode ser observado pela descrição do ciclo de resposta sexual (atrás descrito) pode ocorrer disfunção em qualquer fase do ciclo. Educar as pessoas acerca da sua fisiologia natural e quais as suas responsabilidades no ciclo de resposta sexual encorajando-os a terem conforto consigo mesmos e com a sua sexualidade. Este ensino pode ser terapêutico para as pessoas com ou sem incapacidades físicas. (COLE, 1994)
Uma pessoa pode passar de um estado “normal” da sua sexualidade para um estado dito “anormal” num abrir e fechar de olhos, pois face a um dano corporal irreversível torna essa pessoa “deficiente”. E numa pessoa com deficiência teremos de ter em atenção, que a nível das consequências fisiológicas que podem interferir na sexualidade, existem alguns aspectos que devemos estar pesquisar: efeitos gerais sobre o organismo (conferindo particular atenção às alterações neurológicas), impacto directo ou indirecto sobre a função genital, complicações secundárias, tipo de evolução, efeitos iatrogénicos e doenças concomitantes. (CARDOSO, 2003)
No que concerne aos factores psicológicos susceptíveis de influenciarem a sexualidade do sujeito com deficiência física, principalmente quando esta foi adquirida, importa ter em conta: o tipo de estratégias mobilizadas no confronto com a perda ocorrida, as percepções de auto-estima, auto-conceito, auto-imagem corporal, auto-eficácia a auto-controlo; as perturbações depressivas e ansiosas; papéis de género; oportunidades de envolvimento sexual e reactividade do/a parceiro/a sexual.
Simultaneamente, não podemos negligenciar a influência dos aspectos sociais. A assunção, fortemente enraizada, da sexualidade na deficiência como uma ausência, emerge a partir do estereótipo de que o indivíduo deficiente é assexuado”. (CARDOSO, 2003, p. 504)
A presença de uma incapacidade física pode trazer desconforto e ansiedade no paciente e seus familiares. Para COLE (1994, p. 979) “a falta de disposição de um paciente para falar acerca da sexualidade não significa necessariamente desinteresse. A falta de disposição pode significar que o paciente está ansioso ou temeroso sobre as implicações sexuais da incapacidade física. (…) O grau ao qual uma incapacidade física provoca deficiência é relativo a cada situação e papel social. Nem todas as pessoas percebem a mesma incapacidade como particularmente determinadora de deficiência, especialmente no que se refere à sexualidade. Uma condição física que não é necessariamente incapacitante ou provocadora de deficiência pode assim se tornar devido à estigmatização social.”
Daí ser importante por parte dos médicos e enfermeiros fazer uma boa avaliação da disfunção sexual e estabelecer-se objectivos de intervenção seleccionando-se as modalidades terapêuticas mais eficazes. Existem algumas modalidades terapêuticas em que os médicos se podem basear para avaliar a disfunção sexual dos pacientes, mas o mais utilizado é o Modelo Plissit. Este modelo foi sugerido por Annon em 1976 e é baseado em quatro níveis:
Nível I – Permissão – é o nível no qual o médico gera uma atitude na qual a pessoa com incapacidade sente permissão para expressar e discutir preocupações sexuais, tais como: sentimentos de culpa face ao prazer sexual, masturbação vivenciada como prática inadequada quando existe parceiro sexual e práticas de sexo oral ou anal experimentadas de forma ambivalente (prazer /contra-natura).
A ideia aqui é de facto informar, assegurar ou desculpabilizar sentimentos de culpa ou dúvidas. O doente sente que tem menos poder que o técnico e isso advém do reconhecimento do técnico, do seu saber específico, como detentor do saber para haver melhorias na qualidade de vida por parte do sujeito.
Nível II – Informação Limitada – transmissão de informação clara e concisa sobre determinados aspectos da relação sexual humana, assim como esclarecimento de mitos ou de crenças. Estes esclarecimentos podem ser, entre outros, acerca da importância da estimulação prévia ao coito, tamanhos dos genitais, orgasmos simultâneos e medos.
Nível III – Sugestões Específicas – este nível envolve uma filtragem dos dois níveis anteriores, remetendo para instruções terapêuticas articuladas de acordo com o quadro clínico. Sugerem-se técnicas de estimulação ou modificações comportamentais, com o objectivo de solucionar o problema colocado. Por exemplo: explicação do ciclo vicioso de ansiedade (estratégias de controlo), promoção de comunicação e assertividades sexuais, uso de técnicas de auto-exploração e auto-estimulação, utilização de posições sexuais mais compatíveis com determinados objectivos e estratégias de parar/recomeçar ou de compressão (ejaculação prematura).
Estes primeiros três níveis são designados por aconselhamento sexual e requer que o técnico esteja à vontade com a sua própria sexualidade, permitindo-lhe falar sobre o tema sem constrangimentos; que tenha conhecimentos básicos em sexologia clínica, designadamente sobre relação sexual humana e as perturbações; que utilizem linguagem clara, simples e adequada ao interlocutor. O enfermeiro, como técnico não especializado na área, pode e deve conseguir ir até este terceiro nível.
Nível IV – Terapia sexual – é o nível da terapia intensiva, que requer formação específica em sexologia clínica e treino em terapia sexual. (Jorge Cardoso – apontamentos)
Para COLE (1994,p.995/6) este quarto nível “é fornecido por profissionais que foram profundamente treinados em aconselhamento sexual e que também compreendem incapacidades físicas. A terapia intensiva muitas vezes envolve questões intra pessoais e psicológicas e frequentemente exige aconselhamento sobre relacionamento. Ele vai bem além do fornecimento de permissão, informação limitada ou mesmo sugestões específicas. Ele implica uma compreensão completa e treinamento em psicodinâmica, especialmente no que se relaciona com a sexualidade. Também implica uma compreensão completa das incapacidades físicas, reabilitação médica e reacções pessoais e da família à incapacidade no ambiente de reabilitação.”
Daí que, a reabilitação sexual do deficiente deverá constituir uma das áreas a desenvolver nos programas de reabilitação, contrariando a ideia de que estes estão direccionados para a área funcional e do movimento (CARDOSO, 2003).
Este autor, considera que “a reabilitação sexual – que poderá contemplar patamares de informação, aconselhamento e/ou terapia sexual propriamente dita – deveria constituir uma das valências do programa reabitacional perspectivada (individualmente e/ou na companhia do parceiro sexual) para a promoção de uma nova atitude em relação à sexualidade e para uma redefinição criativa dos interesses iniciativas e comportamentos sexuais.” (…) “A readaptação sexual pós deficiência, depende em grande parte, do reconhecimento de que o envolvimento e a satisfação sexuais continuam a ser possíveis sem que a ênfase seja obrigatoriamente colocada no acto sexual enquanto coito.” (p.508)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Apontamentos das aulas do Módulo de Opção – Sexualidade da Pessoa com Deficiência, dadas pela Doutora Graça Santos, no âmbito do curso de Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação da Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto. Coimbra. Ano lectivo de 2006/2007.
Apontamentos das aulas do Módulo de Opção – Sexualidade da Pessoa com Deficiência, dadas pela Doutor Jorge Cardoso, no âmbito do curso de Pós-licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação da Escola Superior de Enfermagem de Bissaya Barreto. Coimbra. Ano lectivo de 2006/2007.
CARDOSO, Jorge – Sexualidade e Deficiência Física. In: FONSECA, Lígia; SOARES, Catarina; VAZ, Júlio Machado – A Sexologia – Perspectiva Multidisciplinar I. Quarteto Editora.2003.ISBN: 989-558-015-0.
COLE, Theodore M.; COLE, Sandra S. - Reabilitação de Problemas da Sexualidade nas Incapacidades Físicas. In: LEHMANN, Justus F. ; KOTTKE, Frederic J. – Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen. 4ª ed. Volume 2 São Paulo: Editora Manole. 1994.
GRECO, Susan B. – Educação e Aconselhamento Sexual. In: HOEMAN, Shirley – Enfermagem de Reabilitação. Aplicação e Processo. 2ª ed. Loures. Lusociência. 2000. ISBN: 972-8383-13-4.
THELAN, Lynne A.; e tal – Enfermagem em Cuidados Intensivos. Diagnóstico e Intervenção. Lusodidacta. 1993. ISBN: 972-95399-1-x.




fonte:http://www.nutrices.com/2011/04/sexualidade-da-pessoa-com-deficiencia.html
"

Postagens populares

conteúdo protegido!não copie !

Protected by Copyscape Online Copyright Checker