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11 de fev. de 2011

Paralisia Facial (Paralisia de Bell) - Causas e Tratamento

Paralisia Facial (Paralisia de Bell) - Causas e Tratamento: "



Nervo facial
Nervo facial
A paralisia facial ocorre quando há uma paralisia total de todos, ou alguns, músculos responsáveis pelos nossos movimentos e expressões faciais. O nervo que comanda os músculos da face chama-se nervo facial. Neste texto vamos abordar as paralisias faciais, dando ênfase à paralisia de Bell, que é a causa mais comum.


Para entender a paralisia facial é importante entender a anatomia e as funções do nervo facial. Leia os próximos parágrafos com atenção; vou tentar explicar o nervo facial do modo mais simples possível.


Nervo facial



Nosso corpo possui 12 pares de nervos cranianos. São nervos que nascem no sistema nervoso central (cérebro) e seguem para regiões da cabeça e pescoço sem passar pela medula espinhal. Como exemplos de nervos cranianos, podemos citar o nervo óptico que transmite as imagens dos olhos para o cérebro e o nervo olfatório que faz o mesmo com os odores captados pelo nariz.


O nervo facial é um dos 12 pares de nervos cranianos. Dizemos pares, pois cada nervo craniano é composto por 2 nervos originados em um dos lados do cérebro, dirigindo-se cada um para um lado do crânio. Repare na ilustração ao lado as regiões da face que o nervo facial, em amarelo, inerva (clique na imagem para ampliá-la). De modo resumido podemos dizer que o nervo facial é responsável pelos movimentos da expressão facial, sensação de gosto nos 2/3 anteriores da língua, além de participar na secreção de saliva, lágrimas e inervação do tímpano. Nervo facialComo já referido, cada um dos nervos faciais nasce em um lado do cérebro; antes de chegar ao rosto, uma parte de cada nervo cruza de lado, indo inervar a face contralateral. Este detalhe anatômico explica por que a lesão no nervo dentro do cérebro, chamada de lesão central do nervo periférico, causa um tipo de paralisia facial, enquanto que a lesão facial que ocorre depois que o nervo já ter deixado o cérebro, chamada de lesão periférica do nervo facial, causa outro tipo de paralisia facial (explicarei a diferença quando for falar do diagnóstico). A ilustração ao lado (clique para ampliá-la) mostra com mais detalhes a anatomia do nervo facial. Para quem não é da área de saúde não é preciso entender como ocorre esta diferença entre lesão central e periférica do nervo facial. Ela é complexa e não vale a pena perdermos tempo explicando estes detalhes. Vamos seguir em frente.
Tipos de paralisia facial
Como já dito, a paralisia facial pode ser central, como nos casos de AVC, ou periférica, como nos traumas e infecções virais. A paralisia facial é um evento que causa grande ansiedade no paciente e em seus familiares, pois a primeira coisa que vem a cabeça é possibilidade de um derrame (AVC). Entretanto, mais de 70% das paralisia faciais são causada por uma doença bem mais benigna, chamada de paralisia de Bell. É dela que vamos falar nas próximas linhas.
Paralisia de Bell
A paralisia facial de Bell acomete, somente nos EUA, cerca de 40.000 pacientes por ano. É uma doença bastante comum, apesar de pouco divulgada; pode acometer qualquer sexo, etnia ou idade, porém, é rara antes dos 15 anos. A paralisia de Bell é uma paralisia facial periférica causada pelo vírus Herpes simples, o mesmo que causa a famosa herpes labial e genital. Este vírus pode atacar o nervo facial fazendo com que o mesmo se inflame e inche, ficando comprimido dentro dos ossos do crânio, e assim, diminuindo sua capacidade de transmitir impulsos nervosos. Além do vírus Herpes simples, outros vírus também podem atacar o nervo facial causando paralisia, como por exemplo, o vírus Herpes Zoster, causador da catapora (varicela) e do herpes zoster, Epstein Barr vírus, causador da mononucleose, e citomegalovírus.
A paralisia facial causada pelo vírus herpes zoster é chamada de síndrome de Ramsay Hunt; costuma apresentar dor e vesículas na face. Entre os fatores de risco para paralisia de Bell estão gravidez no 3º trimestre e diabetes mellitus. Sintomas da paralisia facial de Bell
A paralisia facial de Bell é uma paralisia facial periférica, ou seja, acomete o nervo facial depois dele já ter deixado o cérebro.



Paralisia de Bell
Paralisia facial de Bell
A paralisia de Bell inicia-se abruptamente, com paralisia de toda a metade da face (hemi paralisia facial) que evolui em poucas horas. Os sintomas mais característicos da paralisia de Bell são a perda da expressão em metade da face com incapacidade de fechar totalmente um dos olhos, de levantar uma das sobrancelhas, de franzir a testa e de sorrir. As fotos ao lado ilustram os principais sinais da paralisia facial periférica (clique para ampliar).
Além dos sinais de paralisia dos músculos de uma hemiface, outros sintomas também costumam surgir, como diminuição do lacrimejamento de um dos olhos, aumento da sensibilidade ao som em um dos ouvidos, redução do paladar nos 2/3 iniciais da língua, diminuição da salivação e dor de cabeça ou dor ao redor da mandíbula. Apesar da apreensão que um caso de paralisia facial pode gerar no paciente e nos familiares, a paralisia de Bell costuma regredir espontaneamente. Entretanto, nos casos mais agressivos, podem haver sequelas. Os pacientes que costumam se recuperar totalmente são aqueles que apresentam sinais de regressão dos sintomas durante as primeiras 3 semanas. Quanto menor for a gravidade da paralisia, maior a chance de recuperação total. Se o paciente apresentar todos os sintomas descritos acima e não demonstrar melhora após 21 dias, existe o risco de permanecer com sequelas. Mesmo sem tratamento, cerca de 70% dos pacientes se recuperam totalmente, porém, se a melhora costuma aparecer com 3 semanas, a recuperação completa pode demorar até 4 meses. Cerca de 7% dos casos podem recorrer dentro de um intervalo de 10 anos; 3% dos pacientes apresentam mais de uma recorrência, com 3 a 4 episódios de paralisia facial neste mesmo espaço de tempo. Diagnóstico da paralisia facial O diagnóstico da paralisia facial de Bell é normalmente clínico e de exclusão, ou seja, feito apenas após excluirmos outras causas, como por exemplo tumores que possam estar comprimindo o nervo facial e mimetizando uma paralisia de Bell. A paralisia facial do AVC é diferente, pois é uma paralisia central que ocorre por isquemia do nervo dentro do cérebro. Enquanto que a paralisia periférica acomete toda uma hemiface, a paralisia central poupa a região superior da testa e olhos. Além disso, o AVC costuma apresentar outros sinais associados, como paralisias no resto do corpo, desorientação, dificuldades na marcha etc... A paralisia facial causada por traumas é simples de ser diagnosticada, já que ela surge após a ocorrência de um trauma craniano. Dentro do diagnóstico diferencial, ainda podemos citar as seguintes causas, muito menos comuns que paralisia de Bell, para paralisia facial: - Doença de Lyme - HIV - Síndrome de Melkersson-Rosenthal - Otite média - Colesteatoma - Sarcoidose - Síndrome de Sjogren Tratamento da paralisia de Bell Agudamente, o mais importante é o cuidado com os olhos. Como o paciente com paralisia facial periférica costuma não conseguir fechar os olhos e pode apresentar redução da produção de lágrima, este pode tornar-se ressecado, com risco de cegueira por lesão da córnea. Colírios com lágrimas artificias durante o dia e proteção dos olhos à noite, durante o sono, são importantes para proteção da visão até que os movimentos das pálpebras retornem ao normal. Apesar da melhora espontânea na maioria dos casos, trabalhos recentes mostraram que o uso de corticóides aumenta ainda mais a chance de recuperação completa. O regime atualmente proposto é 60 a 80 mg de prednisona oral por dia por uma semana. O tratamento deve ser inciado nos primeiros 3 dias. Apesar da maioria das paralisias faciais serem causadas por vírus, ainda não se conseguiu comprovar plenamente o benefício do uso de antivirais para o tratamento destes casos; entretanto, alguns grupos utilizam este tipo de droga junto com os corticóides. O antiviral mais usado é o Valaciclovir.


Fonte: MDSaude

Prefeito anuncia novo secretário de Saúde: Geraldo Edson é o escolhido de Tadeu para chefiar a pasta que, constantemente, tem passado por problemas

Prefeito anuncia novo secretário de Saúde: Geraldo Edson é o escolhido de Tadeu para chefiar a pasta que, constantemente, tem passado por problemas: "
Vanelle Oliveira

Repórter

Após o pedido de exoneração do ex-secretário de Saúde de Montes Claros, José Geraldo Drumond, o prefeito Luiz Tadeu Leite anunciou na tarde de ontem (9) o nome do novo responsável pelo setor. O médico pediatra Geraldo Edson Guerra assume a pasta em um período de dificuldades e extremo desgaste.



Antes de apresentar Geraldo Edson oficialmente para a imprensa, Tadeu Leite aproveitou a oportunidade para agradecer os serviços prestados pelo ex-secretário Drumond e, também, pela coragem e disponibilidade de Guerra em assumir a secretaria.

- Fico feliz por ele ter aceitado esse desafio. O novo secretário de Saúde de Montes Claros terá plenos poderes para gerir a pasta que irá responder a partir de hoje. Vai ter todo nosso apoio para conduzir seu trabalho com muito sucesso - garante o chefe do executivo.

Além da especialização em pediatria, Geraldo Edson é professor da Unimontes e ex-diretor do Hospital Universitário Clemente Faria, experiências que, segundo o prefeito, foram decisivas na escolha do nome do novo gestor da saúde municipal. De acordo com o prefeito, a rápida escolha foi feita para não deixar a pasta sem comando. Para ele a saúde pública no município tem funcionado bem.

- Agora, por exemplo, os postos de saúde estão funcionando com médicos e remédios à disposição da população - diz.

O novo secretário, que ainda não está familiarizado com a situação da saúde municipal, mostrou-se disposto a resolver a situação o mais rápido possível. Uma das soluções apresentadas por Guerra é buscar junto aos governos mais recursos que contemplem, inclusive, o fato de o município contar com uma população flutuante que sempre utiliza dos serviços públicos de saúde.



FARMÁCIAS

Sobre o problema envolvendo o fechamento de farmácias no município, Tadeu informou que já voltou na decisão de diminuir o número de farmácias em funcionamento. Ele explica que a ideia da diminuição partiu de uma necessidade em enxugar o orçamento, já que para funcionar cada uma depende de um farmacêutico que responda por ela, o que aumenta mais despesas.


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