Med é pop

blog voltado para quem gosta de medicina e cultura...com temas do momento

medepopers

med é pop e esta também no:

17 de jun. de 2012

Vídeo aulas:Farmacodermias do EducaSUS

EDUCASUS:
Farmacodermias


Informações do Evento

Localidade: Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Data: 30/11/2011
Período: das 11:00 às 12:00
Coordenador do Evento: Dra. Flávia Jaqueline Almeida
Palestrante(s): Dra. Fátima Rodrigues Fernandes - Mestra em Alergia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Gerente Médica da Fundação Hospital Infantil Sabará 

Detalhes do Evento:

1) Dra. Fátima Rodrigues Fernandes iniciou a videoconferência explicando que o tema é um assunto interessante e cumpre o papel social do médico reconhecendo esta entidade para promover melhorias aos pacientes quanto ao acesso aos medicamentos. Falou sobre reconhecer quando esses eventos acontecem e notificá-los para que tenha uma análise, verificar se realmente são extensos ou não e, na medida do possível, para que possam ser controlados. Passou a falar de alguns conceitos, tratou a respeito dos quadros de hipersensibilidade à droga. Ressaltou que para que isto ocorra é necessário ter uma confluência de fatores que dependem do indivíduo. Depende também do tipo de resposta que é incentivado, no caso de uma ocorrência de hipersensibilidade. Do ponto de vista clínico, ela disse que é esperado encontrar uma suspeita de reação à droga que acomete pequenos números de pacientes diferentes das reações previsíveis, esses são conceitos que estão atribuídos a droga e que são previsíveis de acordo com a fisiopatologia ou mecanismo de ação dessa droga. Entretanto nas reações propriamente alérgicas ou de hipersensibilidade é possível encontrar o menor número de pacientes acometidos. Outra característica importante deste seguimento é que o surgimento após a reposição é rápido. É uma dose independente, mas hoje em dia ainda existem algumas controvérsias em relação a este assunto, são estes e outros dados que fazem suspeitar da reação de hipersensibilidade. O diagnóstico é um assunto difícil para o especialista, porque poucos dados, além da anamnese e de um exame físico detalhado, dão uma certeza desta entidade. Ressaltou que é preciso fazer de maneira cuidadosa a anamnese. O exame físico fornece algumas dicas. Os exames complementares ajudam pouco, em alguns eles darão pistas de um diagnóstico mais grave, mas não dão um diagnóstico de certeza.

2) Dra. Fátima Rodrigues apresentou um quadro com vários grupos específicos de drogas. Existem alguns estudos realizados pelo grupo no qual as drogas frequentemente implicam com todas as reações de hipersensibilidade, e um grupo que teve ênfase foi o grupo de antiinflamatórios e analgésicos. Explicou a respeito da fisiopatologia, na qual existe uma classificação de 1 a 4 dos níveis de reação. Quanto ao diagnóstico imunológico também não encontrou muita facilidade. Ressaltou alguns dados clínicos que devem supor um cuidado maior. Explicou detalhadamente a respeito de todos estes alertas para a gravidade. As síndromes de maior gravidade são: DRESS ou Síndrome de Hipersensibilidade Induzida por Droga - SHID, Postulosa Exantemática Generalizada Aguda (PEGA) e a síndrome Stevens Johnson ou Necrólise Hepidérmica Tóxica (SSJ ou NET). Apresentou algumas imagens com a síndrome Stevens Johnson. Falou que é preciso tratar o paciente que tem essa síndrome sempre com o suporte necessário, retirar as drogas não essenciais e suspender principalmente as drogas de meia vida longa. Lembrou de não introduzir drogas com a reatividade cruzada. Esse paciente deve ser monitorado em UTI e de preferência com isolamento. Falou sobre a promoção anti-coagulação, fluídoterapia necessária, dependendo da gravidade, uso da nutrição enteral ou parenteral.

3) Dra. Fátima Rodrigues apresentou e explicou em detalhes algumas imagens com a síndrome de NET. Explicou também a respeito da reatividade cruzada entre drogas. Outra síndrome muito grave e importante é a síndrome de reação a droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos. É uma síndrome potencialmente fatal e ocorre além da erupção relacionada à droga, febre, alterações hematológicas e envolvimento de órgãos internos. Ocorre com um início tardio, após a introdução de determinada droga. Os sintomas podem persistir após a retirada da droga e a prevalência é bastante rara na população geral, mas nos pacientes que estão expostos a anti convulsivantes ela é bem frequente. Passou a falar da evolução. Em seguida explicou a respeito do tratamento em detalhes. Concluiu a apresentação ressaltando que é muito difícil lidar com farmacodermias, uma vez que não tem exames que corroborem, que estejam patognomônicos do diagnóstico. Mas disse que é importante tentar fazer o diagnóstico mais preciso possível através de uma anamnese, dos exames complementares e do segmento do quadro. Pediu muita atenção para os sinais de agravo e evitar aquelas com reatividade cruzada. É preciso notificar não só o paciente, familiares e registrar entrar em prontuário, mas também notificar os órgãos de farmacovigilância.

4) Dra. Flávia Jaqueline Almeida (Coordenadora do Curso de Educação Continuada – Excelência em Pediatria) tomou a palavra, fez alguns comentários e alguns questionamentos, tendo obtido respostas muito pertinentes da Dra. Fátima Rodrigues Fernandes. O debate pode ser acompanhado pelo vídeo do evento disponível na página do projeto EDUCASUS: www.educasus.com.br . A Dra. Flávia agradeceu a presença de todos e encerrou a sessão.


PARTICIPANTES NA FACULDADE:
Dra. Flávia Jaqueline Almeida (Coordenadora do Curso de Educação Continuada – Excelência em Pediatria)

ENTIDADES PARTICIPANTES:
SANTA CASA DE ADAMANTINA, SANTA CASA DE ARAÇATUBA, FUSAM, SANTA CASA DE JAÚ, SANTA CASA DE SANTOS, SANTA CASA DE VOTUPORANGA, SANTA CASA DE ITAPEVA, SANTA CASA DE MARÍLIA e FEHOSPV

adaptado de :http://www.fcmscsp.edu.br/ead/educasus/evento.php?eve_id=322



















































'via Blog this'

Postagens populares

conteúdo protegido!não copie !

Protected by Copyscape Online Copyright Checker