Med é pop

blog voltado para quem gosta de medicina e cultura...com temas do momento

medepopers

med é pop e esta também no:

15 de fev. de 2013

Câncer: humanizando o tratamento

Câncer: humanizando o tratamento:
Médicos de renome nacional e internacional se reunirão em Montes Claros durante o 3º Congresso Mineiro de Cirurgia Oncológica e a 3ª Jornada de Oncologia do Hospital Dilson Godinho. O evento acontecerá de 14 a 16 de março, no Portal de Eventos, e deverá contar com diversos profissionais da saúde como enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, assistentes sociais, acadêmicos de medicina entre outros. As inscrições estarão abertas a partir de hoje (15).
No último dia 4, diversas instituições da cidade fizeram ações para lembrar o dia mundial do câncer como forma de conscientizar a população sobre a importância da prevenção. O câncer é hoje uma das doenças que mais mata no mundo. Dados do Instituto do Câncer dão conta de que mais de 12 milhões de pessoas são diagnosticadas todo ano com a doença, e mais de 7 milhões morrem anualmente. O Hospital Dilson Godinho é referência no tratamento de câncer para várias cidades de Minas Gerais, das regiões Norte, Noroeste, Nordeste e Vales do Jequitinhonha e Mucuri, além de parte do Sul da Bahia. São centenas de pacientes atendidos diariamente.
Foto: Divulgação



O evento acontece de 14 a 16 de marçoe deverá contar

com diversos profissionais da saúde
O Congresso Mineiro de Cirurgia Oncológica está sendo realizado em parceria da Fundação de Saúde Dilson de Quadros - Hospital Dilson Godinho com o Capítulo Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde, e tem como objetivo principal a troca de experiências sobre as técnicas de tratamento do câncer utilizadas em várias partes do país.
O médico oncologista Cláudio Henrique Rabello, do corpo Clínico do Hospital Dilson Godinho é o coordenador do congresso e nesta entrevista fala sobre o evento e sobre a incidência e tratamento do câncer.

Este é o 3º congresso realizado pelo Capítulo de Minas Gerais da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica. Por que Montes Claros foi escolhida para sediar o evento em 2013?



CLÁUDIO HENRIQUE - A regional mineira da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica foi a primeira do país a se constituir. O primeiro presidente e um dos fundadores foi o médico Alexandre Ferreira, de Juiz de Fora, que acabou realizando naquela cidade o nosso primeiro congresso em 2008. Em 2010, o segundo evento ocorreu na cidade de Uberlândia, cidade do segundo presidente de nossa sociedade, o médico Paulo Henrique. Montes Claros foi escolhida para ser a terceira sede por possuir um serviço com tradição no Estado, com experiência na realização deste tipo de evento, que é o hospital Dílson Godinho, contando ainda com uma malha aérea e hotelaria compatível com a dimensão deste congresso. Como de costume, o presidente de nossa sociedade mora em Montes Claros, [Cláudio Henrique é o atual presidente da Sociedade], o que facilita todo o processo de organização.
Qual a importância de profissionais da saúde, em especial médicos, participarem deste congresso?



CLÁUDIO HENRIQUE - É uma oportunidade ímpar de termos em Montes Claros um evento de altíssimo nível, recebendo em nossa cidade os principais profissionais do país na área de oncologia cirúrgica e clínica. Podemos além de troca de experiência, conhecermos a realidade destes colegas e levá-los para dentro de nosso serviço, onde poderão ajudar na nossa melhoria e conhecer nosso hospital, o que traz evidentemente projeção em um contexto nacional, facilitando intercâmbios de nossos profissionais e visitas a serviços de referência em todo país. Mostrar o que nós fazemos para os melhores do país é sem dúvida uma grande responsabilidade, mas também um grande prêmio para o nosso serviço.
Existe alguma palestra que trará alguma novidade para os participantes do congresso sobre as cirurgias ou algum novo tratamento de câncer?



CLÁUDIO HENRIQUE - Na verdade, a troca de experiência entre os profissionais cirurgiões do país será o ponto alto do evento. Nosso serviço tem destaque no Estado de modo geral, mas a nossa ginecologia oncológica alcançou uma excelência a ponto de ser referência para médicos inclusive da Capital. O serviço de Ginecologia Oncológica realiza operações extremamente especializadas, feitas em poucos centros do país com a frequência e resultados aqui alcançados.  O nosso grupo de cuidados paliativos é pioneiro no Estado e já foi inclusive selecionado entre os 20 principais do país, para serem apresentados na capital paulista no último ano, como exemplo de projeto a ser seguido.
Quais as áreas mais afetadas pelo câncer hoje? Existe tratamento para todas?



CLÁUDIO HENRIQUE - Cada idade e sexo tem seus tumores característicos. No adulto de modo geral predomina o de pele, mama, pulmão, estômago e próstata. Para todos existe o tratamento, e este é tão mais eficaz quanto mais precoce o diagnóstico for feito. Em fases iniciais, todos podem ser curados. A nossa grande luta na verdade é pelo diagnóstico precoce.



Qual a incidência do câncer no Brasil?
CLÁUDIO HENRIQUE - Não só no Brasil, mas no mundo o câncer já é a segunda causa de morte em todas as idades e estima-se que em 2020 será a principal causa de morte no mundo.

O Hospital Dilson Godinho é referência no tratamento de câncer? Desde quando?
CLÁUDIO HENRIQUE - Sim, é o maior centro oncológico do Norte de Minas e um dos principais do interior de Minas Gerais. É o único serviço de todo o Estado que possui Residência Médica em Radioterapia e o único do interior com Residência em Cirurgia Oncológica. É um centro que realiza todas as operações necessárias sem necessidade de transferência de qualquer paciente para outros serviços. Na verdade, hoje recebemos pacientes de outros serviços. Nosso hospital é o único do interior do Estado que possui serviço de cirurgia especializado e exclusivo no tratamento do Câncer. 
Faltam profissionais nesta área?
CLÁUDIO HENRIQUE - Em Montes Claros, só o Hospital Dílson Godinho possui cirurgião oncológico especializado no tratamento do câncer. Nos outros municípios do Estado falta sim o profissional, e as cidades que os tem possuem somente um ou dois, número não suficiente para formar equipes especializadas como ocorre no nosso hospital. Aqui temos uma equipe exclusiva para cada câncer, como o câncer do aparelho digestivo, ginecológico, ortopédico e assim por diante.
 A maior incidência do câncer atinge mulheres ou homens? Qual a idade mais frequente?
CLÁUDIO HENRIQUE - Existem os tumores que são típicos da criança, do adulto jovem e do idoso. Homens e mulheres são acometidos com igual frequência, mudando somente o local. Por exemplo, embora o câncer de mama exista no homem, este é muito mais comum na mulher. O de pulmão era mais comum no homem porque só este fumava, hoje infelizmente a mulher passou a fumar e este tipo de tumor aumentou bastante também na mulher.



Qual a maior dificuldade do médico para cuidar do doente?
CLÁUDIO HENRIQUE - O preconceito das pessoas, principalmente da família do doente, que muitas vezes querendo ajudar atrapalha escondendo informações importantes do doente, o que acaba aumentando o sofrimento de todos. Esconder o diagnóstico é um exemplo. Outro problema é o diagnóstico frequentemente tardio.

post adaptado de : http://www.onorte.net/noticias.php?id=42452

Primeiro Olho Biônico começará a ser vendido

Deficiente têm opção de olho biônico e voltar a enxergar


Fonte: Agência AFP
Depois de vários anos de pesquisas, o primeiro olho biônico foi criado nos Estados Unidos e transplantado em 60 deficientes visuais de todo o mundo, que conseguiram recuperar parcialmente a visão.
O dispositivo, denominado Argus 2, foi produzido pela empresa californiana Second Sight Medical Products e é composto por eletrodos implantados na retina e lentes equipadas com uma câmera em miniatura.
O olho foi aprovado pelas autoridades europeias e a FDA, a agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos, deve aprová-lo em breve e torná-lo o primeiro olho biônico do mundo a ser comercializado.
O Argus 2 permitirá às pessoas que sofrem de retinose pigmentar, uma rara enfermidade genética que provoca a degeneração dos foto-receptores da retina, recuperar a visão. Estima-se em 100.000 o número de pessoas que sofrem desta doença nos Estados Unidos.
Estes receptores transformam a luz captada pelo olho em sinais eletroquímicos transmitidos para o cérebro pelo nervo óptico.
"Esta prótese da retina permite estimular diretamente o nervo com sinais de vídeo e uma carga elétrica transmitida sem fio segundo determinadas frequências de 60 eletrodos implantados na retina", explicou à AFP Brian Mech, encarregado da Second Sight.
As 30 pessoas de 28 a 77 anos que participaram do teste clínico do Argus eram totalmente cegas, com acuidade visual abaixo de 1/10, quando a normal é de 10/10.
Os pacientes geralmente encontraram uma acuidade 0,17/10, que lhes permite distinguir formas em preto e branco, como uma pessoa no batente de uma porta, ou se alguém está sentado ao seu lado, mas não reconhecem o rosto.
"Os resultados variam muito de um paciente para outro. Alguns constataram uma leve melhora, enquanto outros conseguem ler títulos grandes de jornais, quando antes eram totalmente cegos", explicou Mech. Em alguns casos, os pacientes conseguiram, inclusive enxegar cores.
O Argus 2 está disponível em vários países europeus ao preço de 73 mil euros, informou, destacando que o dispositivo promete ser um sucesso comercial.
"Temos muitas intervenções cirúrgicas programadas", acrescentou.
Outras equipes de cientistas estão tentando desenvolver um olho biônico com melhor resolução de imagem e mais eletrodos implantados na retina.
A equipe de John Wyatt, do prestigiado MIT (Massachusetts Institute of Technology), trabalha em um sistema que teria até 400 eletrodos.
Daniel Palanker, da Universidade de Standford na Califórnia (oeste), propõe uma abordagem diferente, baseada em minúsculas células fotovoltaicas no lugar dos eletrodos.
"Pensamos em poder implantar até 5.000 destas células no fundo do olho, o que permitiria ter, teoricamente, uma resolução dez vezes melhor", explicou à AFP George Goetz, membro da equipe de Palanker. O sistema também poderia ajudar as pessoas que perderam a visão devido à degeneração macular associada à idade, acrescentou.
As células fotovoltaicas transformam a luz em impulsos elétricos, que estimulam as células nervosas da retina. Estas, por sua vez, transmitem os sinais para o cérebro.
O sistema foi testado com sucesso em camundongos e os primeiros testes clínicos podem começar no ano que vem, provavelmente na França.
Grace Shen, diretora do programa de pesquisas sobre a retina do National Eye Institute, que financia uma parte da pesquisa, afirmou que "o olho biônico pode funcionar, mas ainda há muito por fazer", destacando que os trabalhos realizados com células-tronco e a optogenética são igualmente promissores.
A optogenética permite modificar geneticamente células da retina para que voltem a ser sensíveis à luz.

Post adaptado de : Medcenter

Postagens populares

conteúdo protegido!não copie !

Protected by Copyscape Online Copyright Checker