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14 de mar. de 2011

Biografia de Bob Marley:Das canções a revolução


Introdução sobre Bob Marley


Bob Marley
Assim como Che Guevara, ele é um dos mais populares ídolos entre os jovens engajados em causas políticas ao redor do planeta. Só que diferentemente de seu colega argentino que foi ajudar a fazer uma revolução em Cuba, o jamaicano Bob Marley não precisou pegar em armas nem sair do seu país para ser considerado um herói libertário. Ele conseguiu isso compondo boas canções que misturaramreggae e rock e viraram sucessos internacionais, e também ao abraçar o movimento político e religioso rastafári, defender o uso da maconha como forma de se aproximar de Deus (ou Jah, como os rastafáris chamam o Todo-Poderoso)  e pregar contra a desigualdade social na Jamaica.
Bob Marley na capa do cd One Love
Reprodução
Bob Marley na capa do álbum "One Love"
Como todo ídolo com algum envolvimento político que morre precocemente - no caso dele vítima de um câncer que não foi combatido a tempo por conta dos preceitos rastafáris -, não faltam teorias conspiratórias sobre o que aconteceu com Marley. Uma delas sustenta que o cantor e compositor jamaicano foi assassinado pela Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos por defender ideias esquerdistas. Mas, apesar de ser uma parte importante de sua vida, não foram as posições políticas de Marley - muitas delas reveladoras de uma visão pouco elaborada sobre os problemas jamaicanos - sua maior contribuição para o mundo, e sim suas canções.

Bob Marley foi o primeiro artista que nasceu e viveu num país pobre a fazer um estrondoso sucesso internacional e a influenciar vários artistas e gêneros no universo da cultura pop. Esse fato é mais do que suficiente para fazê-lo merecedor de toda a reverência que se tem por sua obra artística. Uma espécie de Bob Dylan tropical, ele fez canções de protesto baseadas nas sonoridades do rock e do reggae e tornou o ritmo jamaicano mundialmente conhecido e identificado com os movimentos de rebeldia jovem, a ponto de influenciar até o punk rock nos anos 70 e 80.

Como o reggae esteve intimamente associado à criação de uma identidade nacional pelo povo jamaicano, principalmente após a independência total do país em relação a Inglaterra nos anos 1960, a música de Bob Marley refletiu os principais temas que afligiam os jamaicanos, como a fome, a criminalidade urbana, a violência política, a brutalidade policial e a herança da escravidão. Na próxima página conheça como foi a infância e a adolescência de Marley até ele ter seu talento musical descoberto.







Bob Marley e a invenção do reggae

The Wailers
Reprodução
The Wailers, grupo com o qual Bob Marley tornou-se famoso nos anos 70
Robert Nesta Marley nasceu em 6 de fevereiro de 1945 numa pequena vila no interior da Jamaica chamada Nine Miles. Filho de Norval Sinclair Marley, um administrador rural branco - que foi deserdado pela família por casar-se com uma mulher negra - e de Cedella Malcolm, filha de um próspero fazendeiro negro, Marley passou sua infância desfrutando da vida no campo nas terras da sua família em Nine Miles.

Seu pai abandonou sua mãe logo após o casamento e Marley praticamente não conviveu com ele, salvo por um breve período em que, quando era um pré-adolescente, Norval praticamente o sequestrou e o levou para morar em Kingston, capital da Jamaica. Fora isso, sua infância não teve grandes sobressaltos. Quando criança, ele conviveu bastante com seu avô materno que era chegado em temas místicos e tinha construído fama no interior do país por suas curas utilizando plantas medicinais. Foi nesse ambiente bucólico e com algumas pitadas de misticismo que o tímido e observador Marley começou a construir sua poética visão de mundo.

As coisas mudaram para valer quando ele teve de voltar a Kingston, desta vez levado por sua mãe. Eles ocuparam uma casa num conjunto popular subsidiado pelo governo na favela de Trench Town, uma das localidades mais pobres do país. Enquanto frequentava a escola local e aprendia o ofício de soldador, Marley entrou em contato com o ska, um gênero musical jamaicano que mistura música folclórica com jazzrhythm'n'blues e ritmos africanos e caribenhos. Era início dos anos 60 e Marley começou a apreciar também o rock e a música negra norte-americana, como a das canções de Fats Domino. Com essas influências e uma guitarra improvisada, feita de bambu, fios de cobre e lata, ele começou a dar seus primeiros passos na música.

Ao deixar a pacata vida rural e se defrontar com a miséria, a violência e os sons da vida urbana em Kingston, Marley começou a formar na sua cabeça uma concepção musical inovadora que misturava o ska, o rock e o som negro norte-americano com letras que expressavam sua indignação com as injustiças ao seu redor. Os aforismos que aprendera com seu avô durante a infância inspiraram ele em sua primeira composição chamada de "Judge Not", escrita em algum momento entre 1961 e 1962.

O talento de Marley já era notado por seus colegas. Um deles era Jimmy Cliff que conhecia o dono de uma loja de discos em Kingston chamado Leslie Kong, que às vezes atuava também como produtor dos grupos e artistas de ska. Kong levou Marley para o estúdio, onde gravaram "Judge Not", uma balada agressiva, que se tornou o primeiro compacto lançado por Marley. A gravação serviu também para que um veterano músico jamaicano, Joe Higgs, descobrisse Marley e o colocasse junto com Peter Tosh, Bunny Livingstone, Junior Braithwaite e Beverly Kelso para formar um quinteto vocal nomeado "The Wailers".

Em 1964, eles gravaram e lançaram um compacto com a canção "Simmer Down", que rapidamente se tornou um sucesso em todo o país. Isso lhes rendeu um contrato de três anos com o selo do produtor Coxsone Dodd. Outros sucessos, como "Rude Boy", prometiam bons rendimentos para os Wailers, mas eles receberam bem menos do que o esperado e em 1966 decidiram acabar com o grupo.

Marley partiu então para Newark, Delaware (EUA), onde sua mãe estava morando desde 1963. Lá trabalhou durante quase um ano em fábricas e outros trabalhos braçais. Em 1968, ao retornar para a Jamaica reuniu-se novamente com Peter Tosh e Bunny Livingstone para trazer o Wailers de volta. Desta vez, no entanto, por influência de sua esposa, a cantora Rita Anderson com quem havia se casado em 1966, Marley e a banda tornaram-se devotos do movimento rastafári. Nesse reencontro, o grupo começou a produzir uma nova sonoridade que alterava radicalmente o ritmo do ska e trazia para a música deles muitas influências do rock e da música negra dos Estados Unidos. Além disso, questões sociais e econômicas ganharam mais ênfase ainda em suas letras tornando as canções dos Wailers verdadeiros hinos de protesto na Jamaica. Nascia o reggae, um gênero que Marley tornaria popular no mundo inteiro nos anos seguintes como veremos na próxima página.









Bob Marley: uma vida rastafári

Bob Marley na Rolling Stone agosto 1976
Reprodução
Bob Marley na capa da
"Rolling Stone" em agosto de 1976
No fim dos anos 60, o novo som feito pelo The Wailers começou a tornar-se conhecido fora da Jamaica. As turnês do grupo principalmente na Inglaterra, país que reunia uma grande comunidade de jamaicanos, começaram a fazer o reggae ficar popular internacionalmente. Percebendo o potencial artístico e comercial do gênero, Chris Blackwell, dono da Island Records, ofereceu um contrato para a banda no começo dos anos 70. Bob Marley aceitou na hora já que eles teriam uma liberdade de criação e receberiam uma quantia de dinheiro que não tinham conseguido até ali. O reggae virou o principal gênero musical jamaicano e fonte de orgulho e identidade nacional.

Os primeiros álbuns na nova gravadora fizeram os Wailers emplacarem vários sucessos, mas no fim de 1973 Peter Tosh e Bunny Livingstone deixaram a banda para tentar carreiras solos e o grupo passou a se chamar Bob Marley & The Wailers. Em 1974, Eric Clapton gravou uma versão de "I Shot the Sheriff", lançada pelos Wailers no ano anterior, o que faz aumentar ainda mais a popularidade e a influência de Marley no mundo da música pop internacional. Com status de pop star, Marley passou a morar numa mansão na vizinhança mais sofisticada de Kingston, comprada pela gravadora Island.

Quando lançou o hit "No Woman, No Cry", em 1975, Marley tentava conciliar seu novo status de milionário e pop star internacional, com a filosofia rastafári e seu ativismo artístico-político. Seu pensamento era influenciado por uma mistura de ideias da esquerda política, dos movimentos negros norte-americanos e dos líderes religiosos rastafáris. O resultado muitas vezes era uma visão simplista das questões sociais jamaicanas, em que atribuía aos ricos a culpa por tudo e aos pobres o papel de eternas vítimas.
Marley foi um disciplinado seguidor do movimento religioso rastafári
© iStockphoto.com /Nini
Os rastafáris seguem um estilo de vida baseado no uso de longos cabelos, dieta vegetariana e rituais religiosos que incluem o uso de maconha
Dentro de sua mansão seguia rigidamente os preceitos rastafáris, mantendo seus dreadlocks, raramente bebendo, fumando maconha com o objetivo de aproximar-se de Jah (Deus, para os rastafáris), seguindo uma rígida dieta alimentar e de exercícios físicos e praticando hábitos religiosos bíblicos que em muito lembram as práticas dos judeus ortodoxos. Rita, sua esposa, passou a ser uma figura secundária em sua vida - no rastafári, as mulheres não podem participar de decisões importantes e devem se vestir muito discretamente. Ao longo dos anos 70, Marley teve pelo menos oito amantes com as quais teve onze filhos, muitas delas vivendo na mesma casa em que ele morava com a esposa.
A mansão de Marley tornou-se a meca do reggae durante a década de 70 e seu ambiente em muito lembrava o da contracultura hippie, com sexo livre, consumo de maconha e música, parecendo uma festa permanente. O engajamento político de Marley era uma preocupação até para as autoridades que ele criticava. Devido a sua popularidade e a repercussão negativa interna e externa que existiria se algo acontecesse a ele, a polícia mantinha uma base na rua da casa do cantor. Nem isso, no entanto, impediu que em 1976 Marley fosse vítima de um suposto atentado político ou de uma emboscada feita por gangues mafiosas jamaicanas no qual durante 15 minutos vários tiros foram disparados contra sua mansão. Bob saiu ferido com um tiro no braço. Também foram atingidos sua mulher Rita, um casal de amigos e seu empresário, Don Taylor, que quase morreu por conta dos quatro tiros que levou. 

Após o atentado Marley passou mais de um ano fora da Jamaica gravando seus discos e esperando que a situação política acalmasse. Entre os sucessos que ele compôs e lançou no período estão "Exodus", "Waiting in Vain", "Satisfy My Soul", "Jamming", "Punky Reggae Party" e "Is This Love". Suas turnês eram cada vez mais bem-sucedidas e quando se preparava para mais uma delas pelos Estados Unidos em 1980 ele teve de cancelá-la. O motivo foi a metástase de um melanoma que havia sido descoberto em 1977. A recomendação médica na época para que Marley amputasse o dedo onde estava a doença ia contra os princípios rastafáris e ele optou por não fazer a cirurgia. Quando decidiu fazer radioterapia três anos depois já era tarde demais. Pioneiro na internacionalização e popularização de um gênero musical inventado em um país pobre, Bob Marley morreu aos 36 anos de idade em 11 de maio de 1981 e tornou-se um mito. 


Fontes:      
BIANCHI, Débora e GWERCMAN, Sérgio. O Rei Leão Bob Marley inAventuras na História, edição 5, fevereiro de 2004.
KING, Stephen A. Reggae, Rastafari, and the Rethoric of Social Control. University Press of Mississippi, 2002.
ROLLING STONE. The Rolling Stone Encyclopedia of Rock & Roll. Simon & Schuster, 2001.
WHITE, Timothy. Queimando Tudo. Rio de Janeiro: Record, 1999.


*****este artigo foi retirado de:http://lazer.hsw.uol.com.br/bob-marley3.htm

Pela democratização da leitura: O Dia Nacional da Poesia é comemorado em Montes Claros com a realização da primeira fase do projeto Poesia Ambulantes, Versos Coletivos

Pela democratização da leitura: O Dia Nacional da Poesia é comemorado em Montes Claros com a realização da primeira fase do projeto Poesia Ambulantes, Versos Coletivos: "
Andréia Pereira

Repórter

Nesta segunda-feira, 14, é comemorado o Dia Nacional da Poesia. A data é uma homenagem ao poeta Castro Alves, nascido nesta data e autor de obras como "Navio Negreiro" e "Espumas Flutuantes". Para comemorar a data em Montes Claros, o Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética, em parcerias com diversas instituições, entre elas a ATCMC, Unimontes, secretaria de Cultura e Fundação Genival Tourinho, dá início ao projeto Poesia Ambulante, Versos Coletivos, que tem como objetivo promover o acesso à leitura nos veículos e nos pontos de ônibus do sistema de transporte coletivo municipal.

Foto Léo Queiroz



Com apenas 15 anos, a estudante Gabriela revela que é apaixonada pela escrita e pela poesia

- Trata-se de uma forma sedutora de atrair leitores, que poderão ler dentro dos ônibus, no ponto, ou mesmo levar para casa. Tudo isso sem burocracia - explica o coordenador do projeto e poeta, Aroldo Pereira.

O projeto faz parte da comemoração continuada aos 25 anos do Psiu Poético e será utilizado como piloto até o próximo dia 20 de março. No dia 14, as atividades começam às 9h da manhã na Praça Dr. Carlos. Além dos livros, que ficarão à disposição da população, poetas, atores e perfomers farão intervenções poéticas durante o trajeto dos ônibus.

- A ideia é fazer com que esse projeto seja constante. É um projeto que está em progresso - complementa o poeta.

Para a realização desse projeto, pessoas de diversos lugares do Brasil estão doando livros. Segundo Aroldo Pereira, o projeto já recebeu livros de Pernambuco, Uberaba e daqui mesmo, de Montes Claros.



DOAR PARA COMPARTILHAR

A professora de português, Maria Cida Neri, que há 25 anos atua na área da educação, é uma das doadoras. O motivo que a leva realizar a doação de livros para o projeto é a importância de compartilhar o conhecimento.

- Todo mundo deveria fazer o mesmo, porque a leitura trabalha a sensibilidade e a intuição, e isso desperta nas pessoas a vontade de escrever.

Gabriela Emily é a prova de que a leitura é um motivador para a escrita e para a paixão pela leitura. Com apenas 15 anos, ela diz que lê em média 4 livros por semana.

- E não são livros fáceis. Acabei de ler um livro de Machado de Assis, mas o que mais gosto é de Drummond.

E ela não só lê como também escreve. Está escrevendo um livro e já é autora de cerca de 10 poemas. O segredo, ela revela:

- Aos 13 anos, eu me apaixonei pela escrita e pela poesia.

O professor de literatura Guilherme Rodrigues também acredita que a poesia e toda forma de escrita são capazes de estimular o aluno na produção de textos.

- A poesia é a invenção da palavra e incitar o aluno a desenvolver o exercício de ler e escrever poesias é atraí-lo para uma perspectiva lúdica, inquieta e sensível com o mundo da linguagem. Sendo assim, a poesia também é uma forma nova e inovadora de olhar para o mundo, para si e para o outro - afirma o professor.


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SERIE superalimentos - Feijões


8. Feijões


Feijjão, ingrediente do prato básico brasileiro, são ricos em proteína e em fibra
Marcelo Wain/iStockPhoto
Feijjão, ingrediente do prato básico brasileiro, são ricos em proteína e em fibra
Feijões têm baixo teor de gordura, alto teor de fibra, são ricos em proteína e livres de colesterol. Como o mel, os feijões em grão (preto, branco, rajado, rosinha e grão-de-bico) abaixam os triglicérides, a gordura do sangue que pode causar ataques cardíacos. Eles também baixam os níveis de mau colesterol do sangue (HDL). O alto conteúdo de carboidrato e fibra dos feijões ajuda a regular o açúcar do sangue para manter a diabetes sob controle. OS feijões também podem ajudar a prevenir o câncer de cólon, justamente por serem tão ricos em fibras.
A dose mágica parece ser de 1/2 a 3/4 de xícara (50 a 75 gramas) de feijão cozido todos os dias. Essa quantidade mostrou:
  • Reduzir os triglicérides em 17%
  • Baixar o colesterol em 10% em média
  • Neutralizar a acidez estomacal
  • Proteger contra o câncer de mama
  • Reduzir os níveis de açúcar e insulina no plasma em pessoas com diabetes do tipo 2
  • Fortalecer os ossos
Como bônus adicional, pessoas que comem feijão regularmente tendem a pesar menos - quase 3,2 kg - do que pessoas que raramente o comem. A dica para evitar gases: deixe o feijão de molho por uma noite antes de cozinhá-lo.
Na próxima página: um baú de remédios num talo.

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