Trombose: "Edema e Embolia...
→ Condições Tromboembólicas no Ser Humano
• Definição
O trombo é um coágulo anormal que se desenvolve num vaso sanguíneo. Uma vez formado o coágulo, é provável que o fluxo contínuo de sangue que passa por ele acabe por deslocá-lo e esses coágulos que fluem livremente são conhecidos como êmbolos.
→ Embolo
Ocorre quando um trombo se solta e viaja pela corrente sanguínea até encontrar um vaso com calibre menor do que o próprio êmbolo, ficando preso e obstruindo a circulação do sangue. Quando um vaso é obstruído por um êmbolo, estamos diante de uma embolia. Um exemplo comum é a embolia pulmonar.
→ Edema
O edema é um acúmulo anormal de líquidos (inchaço) no espaço intersticial (espaço loca-lizado entre os vasos e as células dos tecidos). Os principais mecanismos causadores do edema são o aumento da pressão dentro dos vasos (pressão hidrostática) e a dimi- nuição da concentração de proteínas no sangue (pressão oncótica).
→ Tromboembolismo
É o rompimento do equilíbrio hemostático, que por fatores atuantes no local ou a distância, pode-se ter a formação de coágulo. Este trombo ou coágulo, formado no interior de um vaso, pode se deslocar no sistema vascular ocluindo um outro vaso distante de menor calibre, constituindo o fenômeno.
→ Frequência
• Apresenta maior morbidade e mortalidade do que a hemorragia.
• Ocorre mais em homem do que em mulher.
• Quase sempre, o trombo encontra-se superposto a uma lesão aterosclerótica, embora, mais raramente possam estar envolvidas outras formas de doença vascular, como vasculite aguda e lesão traumática. Quando estes trombos apresentam uma mistura mais rica em hemácias são denominadas de trombos vermelhos, de coagulação ou estase.
→ Formação
A formação de trombos pode ocorrer em qualquer local dentro do sistema cardiovascular. Apresentam dimensões e formato variáveis ditados por sua região de origem e pelas circunstancias que conduziram seu desenvolvimento (Robbins, 1996).
→ Fatores que favorecem o fenômeno
• Estase venosa
• Arterioesclerose
• Hipertensão
• Diabete
• Obesidade
• Uso crônico do fumo etc.
• Contribuem para a trombose também os fatores vascular, pla-quetário e os da coagulação.
→ Caminho do Trombo
• Propagação: o trombo pode propagar-se e terminar por levar à obstrução de algum vaso fundamental;
• Embolização: os trombos podem deslocar-se até regiões distais da árvore vascular.
• Organização e Recanalização: os trombos podem induzir inflamação e fibrose(organização) e terminar por serem recanalizados.
A tromboembolia está acompanhada, além de quadros de hemorragia (H), de congestão de arteríolas e vênulas (setas), devido às alterações de pressão e distribuição sanguínea que o êmbolos provocam.
Tromboembolia pulmonar. Vemos nesse corte a presença de coágulo (composto predominan- temente por hemáceas) próximo, mas não aderido, à parede vascular (P);
Esse coágulo é originário de algum trombo que se desprendeu da parede vascular, originando um êmbolo, visível nesse corte (E). Devido à fragilidade do tecido pulmonar, nesses quadros de tromboembolia é comum se visualizar o extravasamento de hemáceas (Hemorragia - H), decorrente do rompimento da parede vascular devido à agressão provocada pelos êmbolos.
→ Causas das Condições Tromboembólicas
Existem duas causas:
• Em primeiro lugar, qualquer superfície endotelial áspera de um vaso como a que pode ser causada por arteriosclerose, infecção ou traumatismo é capaz de iniciar o processo da coagulação.
• Em segundo lugar, o sangue quase sempre coagula quando flui muito lentamente pelos vasos sanguíneos, devido à formação contínua de pequenas quantidades de trombina e outros pró-coagulantes.
→ Trombo em vasos Nervosos e Arteriais
• Nervoso:
Quando ocorre a estase venosa, com diminuição da velocidade sanguínea facilitando a interação de fatores sanguíneos na parede venosa alterada
• Arterial:
Impede que as células sejam oxigenadas pelo sangue arterial, provocando a morte tecidual (necrose).
Como podem ver na imagem acima, esse é um exemplo de trombose, onde vai ocorrendo a obstrução do vaso até ser totalmente obstruído e causando o trombo
→ Remoção Natural
São removidas do sangue pelo sistema de macrófagos, principalmente pelas células de Kupffer (fagocitam células estranhas no sangue) do fígado. Se o sangue estiver fluindo de modo muito lento, as concentrações dos pró-coagulantes em determi -nados locais elevam-se quase sempre o suficiente para iniciar a coagulação; entretanto, quando o sangue fluir rapidamente, esses pró-coagulantes são logo misturados com grandes quantidades de sangue e removidos durante sua passagem pelo fígado.
→ Diagnóstico Laboratorial
• Hemograma: para detectar elevação no hematócrito, leucocitoses, plaquetoses, aumento no fibrinogênio e globulinas.
• VHS: elevações das concentrações fibrinogênio e globulinas aceleram a VHS.
• Tempo de protrombina: Avalia as vias extrínseca e comum da coagulação.
• Tempo de tromboplastina parcial ativado: Avalia as vias intrínseca e comum da coagulação
→ Remoção através de Medicamentos ou tratamento Cirúrgico
• Se a trombose é superficial, recomenda-se cuidados especiais, tais como aplicação de calor na área afetada, elevação das pernas e uso de anti-inflamatórios não esteróides por um período de uma a duas semanas. Deve-se retornar ao especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico.
• Na TVP(Trombose Venosa Profunda) pode ser necessário internar o paciente durante os primeiros dias, a fim de fazer uso de anticoagulantes injetáveis (Heparinas).
Bibliografia
Fisiologia Médica – Guyton
Entidades patológicas USP (Imagens)
Trombose.med.br
"
→ Condições Tromboembólicas no Ser Humano
• Definição
O trombo é um coágulo anormal que se desenvolve num vaso sanguíneo. Uma vez formado o coágulo, é provável que o fluxo contínuo de sangue que passa por ele acabe por deslocá-lo e esses coágulos que fluem livremente são conhecidos como êmbolos.
→ Embolo
Ocorre quando um trombo se solta e viaja pela corrente sanguínea até encontrar um vaso com calibre menor do que o próprio êmbolo, ficando preso e obstruindo a circulação do sangue. Quando um vaso é obstruído por um êmbolo, estamos diante de uma embolia. Um exemplo comum é a embolia pulmonar.
→ Edema
O edema é um acúmulo anormal de líquidos (inchaço) no espaço intersticial (espaço loca-lizado entre os vasos e as células dos tecidos). Os principais mecanismos causadores do edema são o aumento da pressão dentro dos vasos (pressão hidrostática) e a dimi- nuição da concentração de proteínas no sangue (pressão oncótica).
→ Tromboembolismo
É o rompimento do equilíbrio hemostático, que por fatores atuantes no local ou a distância, pode-se ter a formação de coágulo. Este trombo ou coágulo, formado no interior de um vaso, pode se deslocar no sistema vascular ocluindo um outro vaso distante de menor calibre, constituindo o fenômeno.
→ Frequência
• Apresenta maior morbidade e mortalidade do que a hemorragia.
• Ocorre mais em homem do que em mulher.
• Quase sempre, o trombo encontra-se superposto a uma lesão aterosclerótica, embora, mais raramente possam estar envolvidas outras formas de doença vascular, como vasculite aguda e lesão traumática. Quando estes trombos apresentam uma mistura mais rica em hemácias são denominadas de trombos vermelhos, de coagulação ou estase.
→ Formação
A formação de trombos pode ocorrer em qualquer local dentro do sistema cardiovascular. Apresentam dimensões e formato variáveis ditados por sua região de origem e pelas circunstancias que conduziram seu desenvolvimento (Robbins, 1996).
→ Fatores que favorecem o fenômeno
• Estase venosa
• Arterioesclerose
• Hipertensão
• Diabete
• Obesidade
• Uso crônico do fumo etc.
• Contribuem para a trombose também os fatores vascular, pla-quetário e os da coagulação.
→ Caminho do Trombo
• Propagação: o trombo pode propagar-se e terminar por levar à obstrução de algum vaso fundamental;
• Embolização: os trombos podem deslocar-se até regiões distais da árvore vascular.
• Organização e Recanalização: os trombos podem induzir inflamação e fibrose(organização) e terminar por serem recanalizados.
A tromboembolia está acompanhada, além de quadros de hemorragia (H), de congestão de arteríolas e vênulas (setas), devido às alterações de pressão e distribuição sanguínea que o êmbolos provocam.
Tromboembolia pulmonar. Vemos nesse corte a presença de coágulo (composto predominan- temente por hemáceas) próximo, mas não aderido, à parede vascular (P);
Esse coágulo é originário de algum trombo que se desprendeu da parede vascular, originando um êmbolo, visível nesse corte (E). Devido à fragilidade do tecido pulmonar, nesses quadros de tromboembolia é comum se visualizar o extravasamento de hemáceas (Hemorragia - H), decorrente do rompimento da parede vascular devido à agressão provocada pelos êmbolos.
→ Causas das Condições Tromboembólicas
Existem duas causas:
• Em primeiro lugar, qualquer superfície endotelial áspera de um vaso como a que pode ser causada por arteriosclerose, infecção ou traumatismo é capaz de iniciar o processo da coagulação.
• Em segundo lugar, o sangue quase sempre coagula quando flui muito lentamente pelos vasos sanguíneos, devido à formação contínua de pequenas quantidades de trombina e outros pró-coagulantes.
→ Trombo em vasos Nervosos e Arteriais
• Nervoso:
Quando ocorre a estase venosa, com diminuição da velocidade sanguínea facilitando a interação de fatores sanguíneos na parede venosa alterada
• Arterial:
Impede que as células sejam oxigenadas pelo sangue arterial, provocando a morte tecidual (necrose).
Como podem ver na imagem acima, esse é um exemplo de trombose, onde vai ocorrendo a obstrução do vaso até ser totalmente obstruído e causando o trombo
→ Remoção Natural
São removidas do sangue pelo sistema de macrófagos, principalmente pelas células de Kupffer (fagocitam células estranhas no sangue) do fígado. Se o sangue estiver fluindo de modo muito lento, as concentrações dos pró-coagulantes em determi -nados locais elevam-se quase sempre o suficiente para iniciar a coagulação; entretanto, quando o sangue fluir rapidamente, esses pró-coagulantes são logo misturados com grandes quantidades de sangue e removidos durante sua passagem pelo fígado.
→ Diagnóstico Laboratorial
• Hemograma: para detectar elevação no hematócrito, leucocitoses, plaquetoses, aumento no fibrinogênio e globulinas.
• VHS: elevações das concentrações fibrinogênio e globulinas aceleram a VHS.
• Tempo de protrombina: Avalia as vias extrínseca e comum da coagulação.
• Tempo de tromboplastina parcial ativado: Avalia as vias intrínseca e comum da coagulação
→ Remoção através de Medicamentos ou tratamento Cirúrgico
• Se a trombose é superficial, recomenda-se cuidados especiais, tais como aplicação de calor na área afetada, elevação das pernas e uso de anti-inflamatórios não esteróides por um período de uma a duas semanas. Deve-se retornar ao especialista, a fim de avaliar a necessidade de tratamento cirúrgico.
• Na TVP(Trombose Venosa Profunda) pode ser necessário internar o paciente durante os primeiros dias, a fim de fazer uso de anticoagulantes injetáveis (Heparinas).
Bibliografia
Fisiologia Médica – Guyton
Entidades patológicas USP (Imagens)
Trombose.med.br
"