Endarterectomia Carotídea
Conceito
É a remoção de um ateroma na bifurcação da artéria carótida.
Indicação
É indicado para aumentar a perfusão cerebral e a diminuição da probabilidade de qualquer déficit neurológico transitório ou permanente.
Complicações
· AVC
· Lesão dos nervos cranianos
· Formação de hematomas locais
· Rotura da artéria carótida
Complicações a longo prazo
· Recidiva do AVC
· IAM
Cuidados de Enfermagem
Pré-operatório
· Avaliação neurológica (devido a diminuição da perfusão cerebral)
· Higiene pessoal
· Orientar jejum de no mínimo 8hs
· Realizar tricotomia do local a ser incisionado
· Administrar medicamentos prescritos
· Monitorar sinais vitais
Pós-operatório
· Avaliação neurológica (perfusão cerebral) – observar e comunicar ao médico déficit neurológico, pois pode ser a formação de um trombo
· Realizar curativo
· Observar se há presença de edemas e hematomas, pois grandes edemas e hematomas podem obstruir as vias aéreas do paciente.
· Observar se há hematoma, e se houver, delimitar a área com uma caneta e observar se há um aumento do hematoma
· Monitorar sinais vitais – hipotensão (prevenir a ocorrência de isquemia e de trombose cerebral), hipertensão (se grave, pode precipitar hemorragias cerebrais)
· Avaliar também a presença de dificuldade de deglutição, rouquidão e outros possíveis sinais de disfunção dos nervos cranianos
· Manter rigorosa monitorização cardíaca, pois estes pacientes costumam apresentar elevada incidência de coronariopatias.
Revascularização de membros inferiores
Conceito
· Derivação femoropoplítea – é o restabelecimento do fluxo sanguíneo para a perna com um enxerto (veia safena ou enxerto sintético reto) desviando a seção ocluída da artéria femoral.
· Derivação femoropoplítea in situ – é o restabelecimento do fluxo sanguíneo para a perna, desviando uma porção ocluída da artéria femoral, com uma veia safena do paciente que permanece no lugar. O procedimento inclui incisão das válvulas e interrupção das tributárias venosas.
· Derivação femorofemoral – é uma derivação extra-anatômica realizada para restabelecer o fluxo sanguíneo para uma perna quando é necessário um procedimento de influxo, mas não é desejado um grande procedimento aórtico. A doença cardíaca ou pulmonar grave pode evitar que o paciente seja submetido a um procedimento mais extenso.
Indicações
· Doença oclusiva severa e debilitante do segmento aorto-ilíaco
· Claudicação intermitente.
· Ulceração
· Gangrena
· Dor isquêmica ao repouso (cujo tratamento foi ineficaz)
Complicações
· Ulceração com cicatrização lenta
· Gangrena, sepse
· Em caso de enxertos sintéticos – incapacidade de gerar uma superfície interior endotelizada e perda do caráter pulsátil devido à rigidez do enxerto
· Tromboflebites de veias não removidas adequadamente
· Trombose venosa profunda
· Paralisia no pé – por lesão de nervos importantes ao movimento do pé
Cuidados de Enfermagem
Pré-operatório
· Jejum
· Encaminhar paciente para exames
· Avaliação laboratorial da função renal e pulmonar
· Instalar sonda nasogástrica e vesical
· Preparo psicológico do paciente
· Vestir o paciente para a cirurgia
Pós-operatório
· Terapia intensiva nas primeiras 24hrs
· Realizar curativo
· Avaliar membros inferiores
· Observar sinais de choque hipovilêmico
· Administrar medicações prescritas
· Avaliar função renal
· Monitorar PVC e PAM