Com o crescimento dos casos de bullying nas escolas e comunidades, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu produzir e distribuir gratuitamente uma cartilha para orientar pais e educadores de como prevenir o problema.
A proposta é ajudar na identificação de crianças e adolescentes que sofrem ou praticam bullying, ato de violência, humilhação e intimidação física ou psicológica, que pode levar a consequências graves, como evasão escolar e até suicídios.
Em forma de perguntas e respostas, o texto traz várias orientações sobre como identificar o fenômeno, quais são suas consequências e como evitar. Segundo o material, o exemplo dos pais é fundamental para a atitude que os filhos terão em relação aos colegas.
A cartilha, escrita pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, integra o projeto Justiça nas Escolas, que visa aproximar o Judiciário e as instituições de ensino do país no combate e prevenção de problemas que afetam crianças e adolescentes.
De acordo com o material, a conduta dos agressores pode ser identificada já em casa, por meio de sinais como comportamento desafiador e agressivo com os familiares. Já crianças que sofrem bullying, geralmente, apresentam sintomas físicos, como dores de cabeça e vômitos, principalmente no período que antecede a aula. Isolamento, retração, tristeza, depressão também são alguns sintomas das vítimas.
A cartilha ainda informa que o bullying é cometido pelos meninos com a utilização da força física e pelas meninas com intrigas, fofocas e isolamento das colegas.
Inicialmente, serão distribuídas 46 mil cartilhas em tribunais, no MEC e em secretarias estaduais da Educação.
O projeto Justiça nas Escolas envolve a promoção de seminários e visitas de membros da Justiça aos colégios para discutir com professores, educadores, psicólogos, alunos e pais, questões como combate às drogas, bullying, violência nas escolas, evasão escolar, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e cidadania.
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