Em até 8 anos : Essa é a ideia do Ministério da Saúde para que os médicos formados quitem o financiamento estudantil e ao mesmo tempo criem uma rede de atenção descentralizada.
Agora só falta o plano de carreira uma reivindicação de longa data e que pode ser determinante do bom atendimento nessa rede de atenção
São Paulo - Médicos formados em faculdades particulares que custearam os estudos com recursos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) podem abater parte da dívida com trabalho. As atividades profissionais de saúde prestadas com esse fim, têm de ocorrer em uma lista de cidades pobres espalhadas pelo país (veja abaixo). O objetivo é fortalecer as equipes do programa Saúde da Família.
O Fies oferece crédito a estudantes de universidades e faculdades pagas. Podem solicitar o financiamento pessoas matriculadas regularmente em cursos de graduação que consigam avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.
A relação completa foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26). São 2 mil municípios de vários estados, dos quais 1.650 estão no Nordeste. A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde.
As cidades escolhidas convivem com problemas relacionadas à pobreza, principalmente rural, com um número significativo de pessoas atendidas pelo Bolsa Família. A avalição é de que esses municípios enfrentam carência de profissionais de saúde.
A dívida total com o Fies, incluindo juros, poderá ser abatida em oito anos de trabalho. As especialidades médicas escolhidas são: anestesiologia, cancerologia, cirurgia geral, clínica médica, geriatria, ginecologia e obstetrícia, medicina de família e comunidade, medicina intensiva, medicina preventiva e social, neurocirurgia, patologia, pediatria e psiquiatria.