O que é estrabismo?
Ederaldo Veronese De cima para baixo: estrabismo convergente, divergente e vertical |
Mais da metade dos casos de estrabismo é congênita - o problema aparece no ou logo após o nascimento. Em crianças, quando os dois olhos falham em focar na mesma imagem, o cérebro deve aprender a ignorar um deles. Se isso não for corrigido, o olho ignorado pelo cérebro nunca verá bem. Essa perda de visão é chamada ambliopia, e está geralmente associada ao estrabismo.
Alguns distúrbios associados ao estrabismo na infância incluem:
- Retinopatia da prepaturidade
- Retinoblastoma
- Traumatismo cranioencefálico
- Hemangioma perto do olho durante a infância
- Síndrome de Apert
- Síndrome de Noonan
- Síndrome de Prader-Willi
- Trisomia 18
- Rubéola congênita
- Síndrome de Bloch-Sulzberger
- Paralisia cerebral
O estrabismo em adultos pode ser causado por ferimentos na órbita dos olhos ou por danos cerebrais, incluindo traumatismo craniano e derrames. Pessoas diabéticas podem perder circulação. levando a uma condição conhecida como estrabismo paralítico. A perda de visão em um olho, por qualquer motivo, levará o olho a, gradualmente, virar para fora (exotropia). Como os cérebros dos adultos já estão desenvolvidos para a visão, os problemas associados com a ambliopia não ocorrem no estrabismo adulto. Alguns distúrbios associados com o estrabismo em adultos são:
- Diabetes
- Perda de visão provocada por doença ocular ou lesão
- Derrame
- Traumatismo craniano
- Intoxicação paralisante por molusco
- Síndrome de Guillain-Barre
- Botulismo
Histórico familiar de estrabismo é fator de risco. A hipermetropia pode ser um fator contribuinte. Além disso, qualquer outra doença que leve à perda de visão pode produzir o estrabismo como uma complicação. O estrabismo é facilmente identificável. Os sintomas são:
- Olhos que parecem cruzados (tente ver a ponta do seu nariz com os dois olhos e você parecerá estrábico)
- Olhos que não se alinham na mesma direção
- Movimentos dos olhos descoordenados (olhos que parecem não se mover juntos)
- Visão dupla
- Visão em apenas um olho, com perda da percepção de profundidade (percepção de profundidade é nossa capacidade de ver em três dimensões, e reconhecer a ordem dos objetos no espaço ao nosso redor)
O diagnóstico do estrabismo é feito por meio de avaliação física que inclui exame detalhado dos olhos. O médico pode pedir que o paciente olhe por uma série de prismas para determinar as diferenças entre os olhos. Os músculos dos olhos são testados para determinar a força dos músculos extraoculares. Além disso, os testes para o estrabismo incluem exame oftalmológico padrão, teste de acuidade visual, exame de retina e exame neurológico.
O tratamento pode ser feito, inicialmente, fortalecendo-se os músculos enfraquecidos e depois tentando-se o realinhamento dos olhos. Isso é feito com o uso de óculos e exercícios para os músculos dos olhos. Se a ambliopia estiver presente, colocar um tampão no olho normal pode forçar a criança a usar o olho afetado. Outra forma de tratamento é a cirurgia de realinhamento dos músculos dos olhos se as técnicas de fortalecimento não forem bem-sucedidas. Uma técnica cirúrgica usada mundialmente para a correção do estrabismo foi desenvolvida pelo oftalmologista brasileiro Edmilson Gigante, de Ribeirão Preto (SP). Com ela é possível operar somente o olho estrábico, em vez dos dois exigidos em outras cirurgias.
O estrabismo pode ser corrigido quanto mais cedo for feito o diagnóstico e o tratamento. Quanto mais tarde for tratado o problema, mais difícil será reverter a perda da visão de um dos olhos.