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15 de dez. de 2010

Mosquito da dengue: Aedes aegypti é responsável pela transmissão de novo vírus no Brasil

Mosquito da dengue: Aedes aegypti é responsável pela transmissão de novo vírus no Brasil: "
Nos últimos meses, o Brasil registrou os primeiros casos do vírus chikungunya, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue, o Aedes aegypti.


Ao todo, foram identificados três casos: dois em São Paulo e um no Rio de Janeiro, entre agosto e outubro. Todos, de acordo com o Ministério da Saúde, contraíram o vírus no exterior – dois na Índia e um na Indonésia. Os pacientes já estão recuperados.

  • Sobre a doença


Em referência à aparência curvada dos pacientes, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram” em suaíli, um dos idiomas falados na Tanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença, entre 1952 e 1953. Hoje, ele está presente principalmente na África e no Sudeste asiático.


Além do Aedes aegypti, o vírus também pode ser transmitido por outro mosquito bem menos comum no Brasil, o Aedes albopictus. Um paciente pode transmitir o vírus a um mosquito que picá-lo até cinco dias depois do período de incubação (que dura de três a sete dias). Não há transmissão de uma pessoa para outra.


  • Sintomas


Os principais sintomas da doença são febre alta e fortes dores nas articulações das mãos e dos pés (em alguns casos, também nos dedos, tornozelos e pulsos). Podem ocorrer ainda dores de cabeça e nos músculos, além de manchas vermelhas na pele.


Em 30% dos casos o paciente não apresenta nenhum sintoma!


O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.


Quem tem chikungunya uma vez, fica imune a uma nova infecção pelo vírus.



Continue lendo a matéria e veja o vídeo!















  • Tratamento


O tratamento é à base de paracetamol, anti-inflamatórios e corticoides. De acordo com o Ministério da Saúde, a letalidade da doença é muito pequena, próxima a zero. Em uma epidemia na Índia, por exemplo, que atingiu 1,3 milhão de pessoas em 2006, não foram registrados casos de morte.


As pessoas costumam se recuperar em até dez dias após o início dos sintomas. No entanto, dores e inchaços nas articulações podem perdurar por alguns meses. Nesses casos, é necessário acompanhamento médico.


  • Diagnóstico


Por enquanto, só o instituto Evandro Chagas, no Pará, tem reagentes para fazer o diagnóstico no Brasil. Para incluir mais laboratórios, o governo pediu aos Estados Unidos um exemplar do vírus para produzir o reagente. A partir do envio do material, um kit para o diagnóstico fica pronto em até um mês.


Atenção! Pessoas com dores nas articulações, que voltaram recentemente do Sudeste asiático e da África, devem procurar um médico! É fundamental não tomar medicamentos por conta própria. A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente.


  • Importado


O coordenador do Programa de Combate à Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, afirmou que o vírus ainda não circula no Brasil, já que todos os casos registrados são importados. No entanto, ele não descarta a possibilidade de isso acontecer, uma vez que há circulação de Aedes aegypti em todas as regiões do país.


O principal temor é que alguém que trouxe o vírus seja picado pelo mosquito, iniciando uma transmissão em larga escala.


  • Monitoramento


Para orientar os profissionais de saúde sobre o vírus inédito, o ministério deve começar a distribuir nas próximas semanas a unidades do SUS (Sistema Único de Saúde) um guia com orientações sobre a doença elaborado pela Opas (Organização Pan-Americana de Saúde).


Além disso, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde anunciou ontem (8) que o Programa Nacional de Controle da Dengue passará a monitorar também os registros do chikungunya.


  • Prevenção


Como chikungunya é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros. Elas são iguais as recomendadas para o controle da dengue: não deixar água parada em recipientes como garrafas, vasos de plantas e pneus, além de manter tambores e caixas d’ água bem tampados.


Medidas de eliminação de focos do mosquito foram intensificadas nas áreas próximas à residência e ao local de atendimento dos casos registrados.



Fonte: Blogdasaude

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