Governo lança plano de combateao câncer do colo do útero
Grande número de casos no Norte leva Ministério da Saúde e Inca a apresentarem estratégia
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta sexta-feira (26), o Plano de Ação para Redução de Incidência e Mortalidade por Câncer do Colo do Útero, no Inca (Instituto Nacional do Câncer), no Rio de Janeiro.
O objetivo do plano é colocar em prática iniciativas capazes de melhorar o diagnóstico e o tratamento deste tipo de câncer. Para isso será dividido em cinco eixos que englobam desde o fortalecimento do programa de rastreamento (investigação em mulheres sem sintomas) à garantia de qualidade do exame citopatológico (papanicolau) e do tratamento adequado das lesões precursoras do câncer do colo do útero. O câncer do colo do útero é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres brasileiras, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos.
O plano enfoca ainda a intensificação do controle dos tumores na região Norte, e a avaliação de iniciativas alternativas para a doença, como financiamento de pesquisas e estudos-piloto. A região é a que sofre com mais casos desse tipo de tumor e a primeira causa de morte por câncer entre as mulheres. O Plano teve investimento de R$ 115 milhões para a prevenção e o controle da doença.
Prevenção
No Brasil, o rastreamento populacional para prevenção ao câncer do colo do útero é recomendado para mulheres de 25 a 59 anos, por meio da realização do exame de papanicolau. A recomendação é fazê-lo a cada três anos, depois de dois exames consecutivos normais, feitos no intervalo de um ano.
A PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), destaca que o percentual de mulheres dessa faixa etária submetidas ao exame pelo menos uma vez na vida aumentou de 82,6%, em 2003, para 87,1%, em 2008.
No entanto, a meta nacional, segundo o Ministério da Saúde, é que 80% das mulheres brasileiras dessa faixa etária façam o exame preventivo a cada três anos.